Imagens flagraram momentos em que policiais atiraram contra reféns
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Imagens flagraram momentos em que policiais atiraram contra reféns

Imagens de câmeras de segurança flagraram o momento em que cinco familiares pernambucanos, tomados como reféns, foram alvejados por tiros de fuzis de um grupo de policiais militares, no interior do Ceará. A ação ocorreu no dia 7 de dezembro do ano passado , porém, somente na última segunda-feira (20) que o juiz responsável retirou o sigilo do caso.

Na ocasião, uma quadrilha tentava roubar e explodir agências do Banco do Brasil e do Bradesco na cidade de Milagres, quando foram surpreendidos por uma operação do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), a elite da Polícia Militar cearense. Ao total, 14 pessoas morreram durante a tentativa de assalto , dentre elas oito assaltantes e seis reféns que haviam desembarcado no aeroporto de Juazeiro, vindos de São Paulo.

Uma comissão foi criada para investigar o caso e um inquérito foi enviado ao Ministério Público do Estado do Ceará, pedindo a prisão dos militares que participaram do ataque.

Pelas câmeras de segurança, é possível ver os policiais atirando na direção dos reféns que tentavam se proteger atrás de um poste de luz, depois que todos os suspeitos do assalto já haviam fugido ou sido atingidos.

“A cronologia dos fatos aponta que no momento em que a equipe do capitão Azevedo chega à posição dos disparos que atingem as vítimas/ reféns , ou seja, durante a progressão pela calçada da via no sentido da Prefeitura à agência do Bradesco, a situação de confronto já inexistia”, afirmou o relatório final da comissão de investigação.

Nos vídeos, policiais ainda aparecem falando com o dono de um estabelecimento comercial para pedir que as imagens registradas pelas câmeras de segurança fossem apagadas. O vice-prefeito de Milagres , Abraão Sampaio, também aparece nas imagens retirando os corpos dos reféns do local.

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Na última segunda-feira, o Ministério Público do Ceará denunciou 19 militares e o vice-prefeito pelas mortes durante a tentativa de assalto , sendo que 15 foram acusados por homicídio qualificado e outros quatro por fraude processual – entre eles, Sampaio, que é acusado de interferir na cena do crime.

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