Os três óbitos ocorridos em hospitais após a tragédia de Muzema não foram computados nas estatísticas do CBMERJ
Divulgação/Agência Brasil/Tânia Rêgo
Os três óbitos ocorridos em hospitais após a tragédia de Muzema não foram computados nas estatísticas do CBMERJ

Em balanço divulgado neste domingo (12) – quando completaram-se 30 dias do desabamento de dois prédios do Condomínio Figueiras do Itanhangá, na comunidade da Muzema, em Jacarepaguá, zona oeste da cidade – foi contabilizada a mobilização de mais de 100 militares por dia, além de aeronaves, drones, viaturas de remoção de cadáveres, ambulâncias.

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Na última sexta-feira (10), o efetivo empregado em Muzema foi da 7ª Inspetoria, que atua nas ações de patrulhamento dos bairros da região. Os guardas municipais atuam em apoio às ações do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil, entre outros órgãos, focando no isolamento da área, apoio aos agentes e no suporte aos cidadãos.

Os prédios eram construções irregulares e ilegais que haviam sido interditados duas vezes, no final do ano passado e em fevereiro deste ano. Ao todo, 24 pessoas morreram e centenas ficaram desabrigadas. Duas pessoas feridas no desabamento seguem internadas e têm pacientes estáveis, informou a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro .

Após a interdição dos dois prédios vizinhos ao desabamento, a Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil do município se mantém em estágio de plantão para atender as equipes da Secretaria de Conservação que realizam a demolição do último imóvel. A Defesa Civil municipal atende a chamados da população pelo número 199.

Nos últimos dois dias, o órgão realizou 51 vistorias estruturais em imóveis do conjunto em apoio à Coordenadoria de Operações Especiais (COE), da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Habitação (SMIH). Nas duas inspeções não foram constatados riscos estruturais iminentes que apontem para interdições emergenciais, informou a assessoria de imprensa da prefeitura.

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O balanço apresentado pela Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlubr) mostra que foram removidas, na região do Itanhangá, 3.300 toneladas de resíduos. Segundo a Comlurb, a rotina na Muzema e Tijuquinha voltou com a coleta domiciliar, varrição e remoção de resíduos diariamente. A operação conta com apoio de um caminhão compactador, quatro basculantes e uma pá carregadeira, além de equipe de até 15 garis.

O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) informou que a Operação Muzema teve início com o acionamento do órgão, às 6h46 do dia 12 de abril passado. O primeiro atendimento no local foi feito pelos militares do quartel de Jacarepaguá.

Ao chegarem, os bombeiros se depararam "com dois prédios já colapsados e com populares tentando socorrer algumas pessoas, entre elas, duas vítimas já em óbito, sendo uma criança e um adulto".

A Operação Muzema foi encerrada na madrugada do dia 21 de abril, quando a última vítima foi resgatada. Segundo a assessoria de imprensa do CBMERJ, desde então, não há relatos de possíveis desaparecidos .

Os registros revelam que foram encontrados com ferimentos sete adultos (quatro homens e três mulheres) e três crianças (dois meninos e uma menina). Os bombeiros fluminenses encontraram já sem vida nos destroços dos dois prédios os corpos de quatro homens e dez mulheres, além de seis meninos e uma menina menores de idade.

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Os três óbitos ocorridos em hospitais não foram computados nas estatísticas do CBMERJ.

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