Polícia Civil deflagra operação que investiga o desvio de quase R$ 30 milhões do Banco do Brasil
Tânia Rêgo/ABr
Polícia Civil deflagra operação que investiga o desvio de quase R$ 30 milhões do Banco do Brasil

A Polícia Civil do Distrito Federal (DF) deu início, na manhã desta quinta-feira, a uma megaoperação em oito estados e no DF para prender suspeitos de desviar quase R$ 30 milhões do Banco do Brasil entre 2017 e 2018. A operação, realizada a partir de denúncia do próprio banco, foi batizada de Crédito Viciado.

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A investigação sobre o desvio no Banco do Brasil deve cumprir 17 mandados de prisão temporária e 28 de busca e apreensão em Pernambuco, Goiás, Pernambuco, Minas Gerais, Mato Grosso, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná e no DF até o fim do dia.

Entre os alvos estão dois ex-funcionários do banco e empresários de 11 empresas terceirizadas que tinham contrato com a instituição para cobrar dívidas de clientes. A prisão é temporária e vale por cinco dias. O grupo vai responder pelos crimes de peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

De acordo com a polícia, a fraude era assim: quando o cliente do banco quitava a dívida após contato com a terceirizada, o Banco do Brasil, automaticamente, pagava uma comissão. Mas, em alguns casos, o sistema apresentava inconsistência, uma espécie de erro técnico. O pagamento, então, tinha que ser feito manualmente por um servidor.

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Dessa forma, o banco pagava um valor a mais para a prestadora de serviços e "recebia de volta um valor de propina", aponta a investigação.

Os policiais civis identificaram que um dos responsáveis por esse pagamento, à época, chegou a receber R$ 4 milhões em créditos ao longo de dois anos. O suspeito foi demitido pelo próprio banco em janeiro. Outro ex-funcionário também teria recebido R$ 900 mil.

A operação é feita pela Coordenação de Combate ao Crime Organizado (Cecor) da Polícia Civil e envolve 140 agentes da unidade e de outras delegacias no país.

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Foi o Banco do Brasil quem denunciou o esquema para a polícia após uma auditoria interna que descobriu o rombo. Com a investigação, a Justiça autorizou o bloqueio de R$ 16 milhões das contas dos suspeitos.

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