O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) entrou, na segunda-feira, com Ação Civil Pública contra a Vale para reparação dos danos socioeconômicos causados pelo rompimento da barragem na Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG). O acidente, que ocorreu no dia 25 de janeiro, provocou pelo menos 233 mortes. Segundo o último balanço da Defesa Civil, 37 pessoas continuam desaparecidas .
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Na ação, o MP pede antecipação de indenização da Vale no valor de R$ 30 mil aos atingidos pela tragédia ou em valor correspondente a dívidas e financiamentos relacionados às atividades produtivas de empresários e trabalhadores do campo que ficaram impossibilitados de serem saldados por causa do desastre, além do custeio integral da contratação de entidades que prestarão assessoria técnica independente às pessoas atingidas.
Os promotores pedem ainda o fornecimento de água potável à população e a contratação de técnicos independentes para a elaboração de um diagnóstico socioeconômico e um plano de reparação de danos.
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Nesta terça-feira, manifestantes instalaram 270 placas com os nomes das vítimas do rompimento da barragem na entrada da sede da Vale, no Rio de Janeiro. Há ainda uma placa onde está escrito "Vale assassina". O protesto foi feito pela Articualação de Atingidos e Atingidas pela Vale - que também são acionistas minoritários da mineradora - e acontece no dia em que a empresa realiza a sua primeira assembleia de acionistas após a tragédia .
"A iniciativa procura impedir que a dor das centenas de famílias mais duramente afetadas caia no esquecimento, e cobrar um posicionamento efetivo daqueles que de fato podem atuar sobre a conduta da empresa: os acionistas", informou em nota o movimento.
Segundo a associação das vítimas, a Vale vem criando empecilhos para que parentes das vítimas recebam ajuda, seja na obtenção de orientações adequadas nos postos de atendimento e no pagamento de parte das despesas com sepultamento e funeral dos mortos. Todos esses relatos serão feitos pelos acionistas durante a assembleia.
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"Esses pontos não são novos. Violações e mortes não ocorrem apenas nos desastres de Minas Gerais, são eventos frequentes em todos os locais onde a Vale atua, como é o caso de Carajás. Nas regiões Norte e Nordeste, o cenário tende a se agravar com o incremento das operações da Vale após os desastres do quadrilátero ferrífero — afirma Ana Paula Santos, acionista e integrante da Articulação.