Em Suzano, escola Raul Brasil, onde cinco alunos e duas funcionárias foram assassinados, é revitalizada
Divulgação/Governo de São Paulo
Em Suzano, escola Raul Brasil, onde cinco alunos e duas funcionárias foram assassinados, é revitalizada

Investigação da Polícia Civil e do Ministério Público estadual identificou mais um jovem de 17 anos suspeito de incitar o massacre que deixou 10 mortos na escola Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo.

De acordo com o promotor Rafael Ribeiro Do Val, nova fase do inquérito busca identificar pessoas que, de alguma forma, incentivaram ou fizeram algum tipo celebração do crime na internet. 

Segundo o promotor, a situação do menor já está sob análise da Justiça da Infância e da Juventude, embora ele ainda não tenha sido apresentado. Do Val afirmou que o jovem incentivou, por meio de mensagens de Whatsapp, um terceiro suspeito, que já está apreendido na Fundação Casa por supostamente ter sido um dos mentores intelectuais do crime. A defesa, no entanto, nega que ele tenha planejado.

“Esse  jovem teve uma participação de menor importância ao instigar o outro que ajudou a planejar a cometer o crime”, disse o promotor.

Uma operação da polícia deflagrada entre quarta e quinta-feira levou a prisão de mais três pessoas acusadas de vender armas e munição para os dois assassinos por meio de perfis falsos no Facebook. 

Entre os presos temporariamente por 30 dias, estão o mecânico Cristiano Cardias de Souza, vulgo "Cabelo", que já tem passagem pela polícia por receptação, e foi encontrado com uma arma e munição e dois celulares; o segurança particular Adeilton Pereira dos Santos,  detido no Jardim Helena com um revólver 38 de numeração raspada e 14 munições e que já tem uma passagem por lesão corporal; e Tatiano Oliveira, alvo de busca na favela de Heliópolis, na Zona Sul, e identificado com três celulares, sendo um roubado. Eles devem responder por homicídio. 

Agora, os investigadores querem analisar os celulares dos três presos para ver se há mensagens e ligações com os assassinos e identificar como se deu a negociação para a compra das armas e munições.

Jair Barbosa Ortiz, delegado da seccional de polícia do Alto Tietê, a polícia também investiga pessoas que comemoram o massacre nas redes sociais ou que fizeram algum tipo de apologia ao crime. Alguns suspeitos, inclusive, já estão identificados.

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“A polícia vai fazer de tudo para localizar essas pessoas que pensam que podem se esconder atrás de um computador para cometer crimes nas redes sociais. O objetivo é que ninguém que tenha sido partícipe fique sem punição”, afirma Ortiz.

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