Escola Raul Brasil, onde aconteceu o massacre em Suzano, é palco de esforço para retornar à normalidade
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Escola Raul Brasil, onde aconteceu o massacre em Suzano, é palco de esforço para retornar à normalidade

O tiroteio na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, que chocou o País e ainda desperta perguntas sem respostas, completa nesta quarta-feira (20) uma semana. Em homenagem à data, um ato ecumênico foi organizado em memória dos dez mortos e dos 11 feridos no chamado massacre em Suzano. 

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O culto aconteceu perto das 10h de hoje, no pátio do colégio que, lentamente, vê sua comunidade se esforçar para voltar à normalidade. Hoje, as salas de aula da Raul Brasil estão abertas para os alunos que desejarem participar das sessões de acolhimento após o massacre em Suzano .

Para o culto, estudantes e profissionais de outras escolas estaduais preparam cartazes com desenhos e cartas com mensagens e paz, amor, esperança, união, como forma de acolhimento aos que voltarão a frequentar a Raul Brasil

O momento é de tristeza e a dificuldade para voltar as aulas atinge não só os alunos que estavam no colégio no momento do ataque, quanto aqueles que iriam entrar no período da tarde. Todos os sobreviventes relataram ter vivido momentos de terror enquanto os atiradores estavam no colégio.

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Ainda sob trauma, muitos afirmam não conseguir esquecer o que passaram. Para apoiar os estudantes, professores e funcionários, foi organizado um esquema de atendimento psicossocial especializado com equipes do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) da prefeitura de Suzano , psicólogos e assistentes sociais.

A direção da escola avalia em conjunto com a Secretaria de Educação de São Paulo sobre o melhor momento de retomar as aulas regulares. Para ajudar, paredes, portas e alguns detalhes da fachada do colégio estão sendo modificados. Isso também se fez necessário porque muitas portas foram destruídas pelos tiros e golpes de machado.

Já o governo do estado de São Paulo criou um comitê executivo, que vai coordenar o pagamento de indenizações para as famílias das vítimas. Na semana passada, o governador do estado, João Doria, afirmou que o valor da indenização será definido pela Procuradoria-Geral de São Paulo e deve ser de aproximadamente R$ 100 mil para cada família.

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Segundo Doria, a indenização deve ser paga em até 30 dias. De acordo com ele, até 15 de abril, as famílias dos estudantes e das duas funcionárias da escola vão receber as indenizações a respeito do massacre em Suzano .

* Com informações da Agência Brasil.

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