Na semana passada, o adolescente suspeito de envolvimento no massacre em Suzano chegou a depor, mas foi liberado
Reprodução/TV Globo
Na semana passada, o adolescente suspeito de envolvimento no massacre em Suzano chegou a depor, mas foi liberado

O terceiro suspeito de ter envolvimento no massacre em Suzano, ocorrido na Escola Estadual Raul Brasil, na última quarta-feira (13), foi apreendido, nesta terça-feira (19), no município da Grande São Paulo. O adolescente de 17 anos foi apreendido em casa, será levado ao Instituto Médico Legal (IML) de Suzano e na sequência para o Fórum da cidade.

O jovem menor de idade, cujo nome não foi revelado à imprensa, já havia ido ao Fórum da cidade, no final da semana passada, após cumprir ordem judicial para se apresentar. Na ocasião, porém,  ele acabou sendo liberado após prestar depoimento sobre o massacre em Suzano e sua relação com os assassinos que acabaram mortos. 

O adolescente estudou com o atirador Guilherme Taucci Medeiros, de 17 anos, e é suspeito de ter ajudado ele e o jardineiro Luiz Henrique de Castro, 25, a planejar o ataque. Sua prisão se deu hoje porque, durante a investigação, foram analisados os celulares dele e dos dois assassinos e, de acordo com a polícia, os três aparelhos têm conversas claras sobre o planejamento do massacre .

Por enquanto, a juíza decidiu pela internação provisória do menor por 45 dias, podendo prorrogar o prazo dependendo do depoimento dele, de laudos de sanidade, entre outros fatores. Ontem, a polícia de Suzano apresentou ao Ministério Público um relatório com os resultados das buscas feitas na casa do menor.

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De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil, Ruy Ferraz Fontes, a investigação aponta que a motivação do massacre é por reconhecimento de parte da comunidade e para aparecer na mídia.

"Esse foi o principal objetivo, não tinha outro", diz delegado. "Não se sentiam reconhecidos, queriam demonstrar que podiam agir como em  Columbine  , nos Estados Unidos, com crueldade e com um caráter trágico para que fossem mais reconhecidos do que eles", explicou.

A informação foi relatada à polícia por testemunhas próximas a Guilherme, que seria o líder do ataque. "Pessoas que estavam próximas dele e obtiveram essa informação diretamente dele". Para o delegado, a questão do bullying é pouco “significativa”, pois foi citada em apenas uma parte da investigação.

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A polícia também trabalha com a questão do reconhecimento e vingança na motivação da morte do tio de Guilherme no massacre em Suzano . "Na realidade ele estava se sentido não reconhecido pelo tio, apesar de o tio ter contratado ele para trabalhar na empresa, mas ter que demitir posteriormente porque ele estava praticando pequenos furtos", explicou o delegado.

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