Cerca de 400 bombeiros participaram da sessão solene em homenagem às vítimas de Brumadinho
Michel Jesus/Câmara dos Deputados
Cerca de 400 bombeiros participaram da sessão solene em homenagem às vítimas de Brumadinho

A Defesa Civil de Minas Gerais informou que já são 203 as mortes confirmadas em decorrência do rompimento da barragem. Segundo o balanço divulgado nesta quinta-feira pelo órgão, 105 pessoas continuam desaparecidas.

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Ainda nesta quinta-feira (14), a Câmara dos Deputados realizou uma sessão solene para homenagear os mortos na tragédia de Brumadinho e os bombeiros que atuaram no resgate das vítimas. Cerca de 400 militares do Corpo de Bombeiros de 10 estados e do Distrito Federal participaram da solenidade.

A sessão foi presidida pelo deputado Guilherme Derrite (PP-SP), que vestiu trajes militares na cerimônia. "Eu não vi um militar reclamar de cansaço, das situações adversas. Eu só via profissionais abnegados em salvar vidas e quando não, encontrar a dignidade das famílias que pudessem velar seus entes queridos", disse Derrite em discurso.

O líder do governo na Câmara, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO) também se pronunciou no evento. “É uma forma de prestar nossa homenagem, nosso reconhecimento, aos profissionais dos corpos de bombeiros que têm feito um trabalho muito relevante, que muitas vezes passam aí como anônimos”, declarou o parlamentar.

Nesta quarta-feira (13), o Senado instalou uma CPI  para apurar as causas do rompimento da barragem . A senadora Rose de Freitas (PODE-ES) foi eleita para presidir a Comissão. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) será o vice-presidente e o senador Carlos Viana (PSD-MG) será o relator da CPI.

Logo após a instalação e eleição da mesa, os senadores convocaram para depor Fabio Schvartsman, que foi afastado da presidência da Vale, e Eduardo Bartolomeo, que ocupa interinamente a presidência da mineradora. Ainda não foi marcada uma data para os depoimentos.

Também na quarta-feira, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG)  decretou a prisão de 11 funcionários da Vale e dois da empresa terceirizada Tüv Süd, investigados no processo que apura responsabilidades pelo rompimento da barragem. A 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça negou, por unanimidade, habeas corpus impetrados em favor dos funcionários.

O dia 25 de janeiro foi marcado pelo rompimento da barragem 1 da Mina do Córrego do Feijão, que pertence à Vale e está localizada em Brumadinho , cidade da Grande Belo Horizonte. Parte do município foi invadido pela lama e pelos rejeitos de minério, deixando centenas de mortos e feridos. Muitas das vítimas são funcionários ou terceirizados da própria Vale, que tinha um complexo administrativo no local.

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