A ilha da Queimada Grande, onde os náufragos ficaram por três dias, é famosa pela grande concentração de cobras
Marcelo Duarte/Divulgação
A ilha da Queimada Grande, onde os náufragos ficaram por três dias, é famosa pela grande concentração de cobras

Quatro náufragos foram resgatados na ilha da Queimada Grande, em Peruíbe (a 135 km de SP), neste sábado (2). Os homens, junto com mais dois amigos, estavam em um barco praticando pesca esportiva quando foram atingidos por uma forte onda que fez a embarcação virar e afundar entre a noite de quarta-feira (27) e a madrugada de quinta-feira (28).

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Até a noite deste domingo (3), a Marinha e os bombeiros ainda buscavam os outros dois náufragos , que continuavam desaparecidos.

No tempo em que passaram na ilha, os pescadores comeram banana verde e tomaram água de chuva para sobreviver. Eles também contaram ter improvisado um abrigo com vegetação e ficaram abraçados como forma de se aquecer.

Segundo informações da Marinha , a embarcação Odelmar 2, onde estavam, saiu com os seis pescadores de Santos, no litoral paulista. Ao serem atingidos, os homens nadaram da noite até o amanhecer, quando chegaram na ilha da Queimada Grande . Estima-se que a correnteza tenha colaborado para que o grupo conseguisse chegar.

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Os homens foram resgatados pelo instrutor de mergulho Wanderley Aparecido Justi Júnior, que levava um grupo para mergulhar nas proximidades da ilha quando avistou os pescadores. Wanderley contou à Folha de S.Paulo que todos eles estavam feridos com cortes nas pernas, provavelmente causados ao subirem nas pedras para entrar na ilha. O instrutor disse também que um deles tinha os pés inchados e outro sentia dores nas costelas ao respirar.

Ainda de acordo com Wanderley, o grupo estava muito emocionado e cansado quando foi resgatado. Ivan Bezerra da Silva, Manoel Câmara, Iranildo Rodrigues Cardial e Elenilson Nascimento da Silva foram colocados no barco, onde receberam água e lanches. Eles foram levados para Itanhaém, onde uma ambulância os aguardava.

Os pescadores passaram por atendimento médico e os quatro tiveram alta à noite. Em nota, a Marinha do Brasil afirmou que vai abrir um inquérito para apurar as causas do acidente e possíveis responsabilidades.

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A ilha da Queimada Grande, onde os náufragos ficaram por três dias, é conhecida como um habitat natural de serpentes. Lá vive uma das cobras mais venenosas do mundo, a jararaca-ilhoa, cuja picada mata uma pessoa em seis horas.

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