No Carnaval deste ano, a cor laranja ganhou uma nova conotação. Isso porque ainda é recente o escândalo relacionado a um suposto esquema de candidaturas laranja do PSL – o partido do presidente Jair Bolsonaro. Além das candidatas que supostamente não fizeram campanha durante as eleições de 2018, outro episódio ligado ao partido remete à cor: as investigações a respeito do chamado caso Queiroz.
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Popularizado principalmente nas redes sociais, o tal caso Queiroz refere às suspeitas envolvendo movimentações financeiras atípicas pelo ex-assessor do senador e filho do presidente, Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), Fabrício Queiroz. E foi pensando nesse caso, que um grupo de 48 foliões saiu às ruas para aproveitar o carnaval do Rio neste domingo (3).
A ideia partiu, segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo , do professor de geografia Faber Paganoto . Ele, que estava fantasiado de caixa eletrônico acompanhando outros 47 foliões vestidos de "cheques laranjas" organizou a fantasia em grupo por meio das redes sociais.
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A fantasia carnavalesca de cheque remete aos pagamentos frequentes que o ex-assessor de Flávio Bolsonaro supostamente fazia e recebia para outros funcionários do gabinete do filho do presidente da República, quando Flávio era deputado estadual do Rio de Janeiro.
Ainda com referência ao caso, o grupo posou para fotos na frente do prédio da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Afinal, várias das movimentacoes financeiras suspeitas foram feitas em caixas eletrônicos da Alerj . Tais movimentações foram identificadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), em relatório feito a pedido do Ministério Público Federal do Rio e revelado pelo Estado.
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De acordo com a reportagem, Paganoto organizou a fantasia de protesto 'jogando a ideia' em uma publicação no seu perfil do Instagram. "As pessoas foram se juntando", disse Paganoto, explicando que nem todos os 48 foliões que integram o grupo inspirado no caso Queiroz se conheciam antes desse carnaval.