A água bruta do rio Paraopeba não deve ser utilizada desde a confluência com o Córrego Ferro-Carvão até o município de Pompeu, no centro-oeste de Minas. O boletim anterior, divulgado em janeiro, restringia o uso em uma área menor, que ia do mesmo ponto inicial, até Pará de Minas.
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A nova área do rio Paraopeba afetada pelo rompimento da barragem B1 no complexo da Mina Córrego Feijão da Mineradora Vale em Brumadinho tem agora 240 quilômetros. A Vale se posicionou em relação ao assunto, afirmando que está monitorando a qualidade da água e disponibilizando água para produtores rurais.
A Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) informou em nota que “a orientação de não se utilizar a água bruta do rio, sem tratamento, é válida para qualquer finalidade: humana, animal e atividades agrícolas”. Segundo a Secretaria, a ampliação da restrição foi tomada preventivamente em função de uma nova análise divulgada no informativo diário dos parâmetros de qualidade das águas.
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O boletim mais recente aponta índices de metais pesados na água acima do permitido pela legislação ambiental no trecho entre Curvelo e Pompéu. O índice apontado nesta análise é o mais alto na história do Instituto Mineiro de Gestão de Águas (Igam).
Este monitoramento é realizado diariamente desde o dia 26 de janeiro, um dia depois do rompimento da barragem, pelo Igam em parceria com a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), Agência Nacional de Água (ANA) e Serviço Geológico do Brasil (CPRM).
Confira a Nota da Vale na íntegra:
“A Vale estabeleceu um plano de monitoramento da qualidade de água, sedimentos e organismos aquáticos a partir de coletas diárias de amostras em 48 pontos nas bacias dos rios Paraopeba e São Francisco, cujos resultados parciais vêm sendo compartilhados diariamente com os órgãos competentes. Também estão sendo realizadas obras em três trechos, que incluem a implantação de diques e barreiras hidráulicas, para auxiliar no processo de contenção de rejeitos, entre outras iniciativas.
Produtores rurais com atividades em doze municípios de Minas Gerais estão recebendo abastecimento de água para consumo humano, dessedentação animal e irrigação. Até o momento, a Vale disponibilizou um volume de mais de 10 milhões de litros de água".
Este mês também foram detectados excesso de metais em quatro bombeiros que trabalham nas buscas de vítimas em Brumadinho. Segundo o governo de Minas, os níveis detectados no organismo dos bombeiros estão acima da média, mas não indicam intoxicação. Na ocasião, o governo mineiro informou que o rio Paraopeba também estava sendo monitorado.