Mais cinco corpos foram encontrados em Brumadinho pelo Corpo de Bombeiros de Minas Gerais nesta quinta-feira (21). O total de mortos na tragédia do rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão agora chega aos 176. Todos os corpos foram identificados pelo Instituto Médico Legal (IML).
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De acordo com o governo mineiro, 134 pessoas continuam desaparecidas, sendo 31 funcionários da mineradora Vale e 103 trabalhadores terceirizados e moradores da região de Brumadinho .
Desde ontem (20), uma equipe do Corpo de Bombeiros está fazendo buscas na área onde funcionava o almoxarifado da Vale . No local foi encontrado ao menos um corpo, removido para o IML para identificação.
O almoxarifado foi identificado pelo cruzamento de dados, de localizações georreferenciadas e de indicações do terreno. As buscas na área do almoxarifado se desenvolveram durante esta quinta-feira e continuarão nesta sexta-feira (22), segundo o Corpo de Bombeiros .
Além da área do almoxarifado, os bombeiros estão com escavações em seis frentes de buscas em toda a região que foi atingida pelo rompimento da barragem. “A gente fez uma divisão de todo o terreno em quadrículos, então, toda a área inundada é vistoriada, não deixa de ser verificada. Só que agora a gente trabalha em camadas mais profundas”, disse o tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros. Ele ressaltou que esta fase do trabalho é mais difícil por causa da profundidade da lama.
Os profissionais de Minas Gerais continuam a trabalhar com apoio de profissionais de outros estados. “Existem bombeiros de outros estados que estão trabalhando, mas todos atuam sob coordenação e sob o comando do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais. A maior parte do efetivo é do Corpo de Bombeiros de Minas com colaborações pontuais de outros estados”, disse Aihara.
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No dia 25 de janeiro, a barragem 1 da Mina do Córrego do Feijão, que pertence à Vale e está localizada em Brumadinho , cidade da Grande Belo Horizonte, se rompeu. Parte do município foi invadido pela lama e pelos rejeitos de minério, deixando centenas de mortos e feridos. Muitas das vítimas são funcionários ou terceirizados da própria Vale, que tinha um complexo administrativo no local.