O ex-policial afirma que deu apenas um tiro para o chão, de notificação
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O ex-policial afirma que deu apenas um tiro para o chão, de notificação

Elias Gonçalves da Costa, ex-policial militar acusado de matar o menino João Roberto Amorim Soares, de 3 anos, em 2008, foi absolvido nesta quinta-feira (14) . O menino estava no carro com sua mãe e o irmão, então com nove meses, quando eles foram atacados.

Elias e o também ex-policial militar William de Paula afirmam que perseguiam um grupo de suspeitos, na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro, quando confundiram o carro da família com o dos criminosos. O carro de João foi atingido por 17 disparos.

No dia 6 de julho de 2008, a família trafegava pela Rua General Espírito Santo Cardoso, quando foi ultrapassada por um carro em alta velocidade. Ao notar o veículo da polícia, que vinha atrás, a mãe de João, a advogada Alessandra Amorim Soares, parou o carro para dar passagem. Neste momento teria acontecido a confusão e iniciado o ataque, que só teria cessado quando a mãe jogou a bolsa das crianças para fora do carro e saiu do veículo.

A audiência do Tribunal do Júri começou às 14h50 e durou seis horas. Além do réu, foram ouvidas duas testemunhas de defesa, amigos de infância de Elias. Durante o julgamento , a mãe de João Roberto passou mal e foi dispensada pela acusação. O ex-soldado já havia sido julgado em 2011, quando foi condenado apenas por lesão corporal, a pena de prestação de serviços comunitários.

Ministério Público conseguiu anular a sentença anterior, portanto Costa estava sendo julgado pela segunda vez e, também pela segunda vez, foi considerado inocente . A sentença de 2011 foi anulada a pedido do Ministério Público. O ex-pm afirmou nos dois julgamentos que deu um único tiro para o chão, de advertência.

 Segundo ele, foi o outro policial que estava com ele, Willian de Paula, quem fez os disparos contra o Pálio Weekend onde estava a família. William foi julgado e absolvido ainda em 2008. O Ministério Público, no entanto, recorreu da sentença por acreditar que ela contraria a prova pericial que aponta o erro do pm. Em 2015 Willian foi condenado a 18 anos de prisão.

Leia também: Justiça mantém indenização à família do menino João Roberto

Na ocasião, o juiz Jorge Luiz Le Cocq D'Oliveira afirmou que o ex-policial Willian "tem perfil desajustado, má condutra social, é suspeito de envolvimento com milicianos, além de responder por outro homicídio de um agente penitenciário".


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