Um vídeo flagrou caso de racismo próximo à Praça da República, no centro de São Paulo, ao registrar o momento em que uma motorista, branca e loira, insulta uma pedestre negra. O caso se deu no início desta semana. Além das ofensas, a mulher ainda confirmou ser racista e quase atropelou um policial militar que estava atravessando a avenida.
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A briga começou no momento em que a motorista parou sobre a ciclovia que existe em volta da praça e recebeu reclamações da jovem, que estava passando pelo local. O vídeo, divulgado pelo site Ponte , começa quando a discussão entre as duas mulheres já estava acontecendo. Após ser chamada de maneira pejorativa de “neguinha”, a pedestre que estava gravando acusa de racismo a mulher, que responde: “Sou racista sim, e daí?”.
A motorista ainda aponta para a própria pele e continua ofendendo a pedestre, que diz que pretende acionar a polícia, caso as ofensas continuem. Na sequência, outro vídeo mostra um segundo momento em que a motorista aparece sendo abordada pelos policiais militares que estavam coordenando o tráfego na região. Resistindo à ordem de parada, a motorista acelera o carro e quase atropela um dos policiais.
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Ainda não há informações se a motorista já foi localizada, mas, de acordo com o Ponte , a placa do carro é da cidade de Guarulhos, em São Paulo. Segundo o Código Penal, a injúria racial, que é quando uma pessoa deprecia a raça ou cor de outra pessoa com o objetivo de ofender, é tipificado como crime com pena de 1 a 3 anos de reclusão e multa.
Racismo no metrô
O registro de casos de racismo em vídeo não é um fato isolado. Em novembro, uma gravação divulgada nas redes sociais mostrou o momento em uma mulher reclama de ter sido tocada por uma passageira negra , dentro do metrô em uma estação de Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro.
"Eu não quero que ela toque em mim. Eu não quero que essa preta toque em mim", gritou a ofensora. "Essa mulher tocou em mim, essa mulher tocou na minha mão. Estão fazendo de propósito", continuou. A passageira continou a ofender a mulher negra, enquanto as outras pessoas presentes no vagão tentavam apaziguar a situação e fazê-la parar de gritar.
Ao fundo, é possível escutar que alguns dos passageiros a chamaram de "racista", enquanto outros insistiam para que ela fosse embora do trem. Segundo divulgado pelo jornal carioca Extra , a assessoria de imprensa do MetrôRio informou que a vítima não quis registrar o caso de racismo em uma delegacia e preferiu seguir viagem.