Resolução foi resultado da reunião feita após o rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho
Ricardo Stuckert / Fotos Públicas
Resolução foi resultado da reunião feita após o rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho

O governo federal vai recomendar que os órgãos reguladores do setor de mineração fiscalizem todas as barragens que apresentem risco potencial à vida humana. A recomendação do governo será para que as fiscalizações ocorram imediatamente. A resolução do gabinete de crise, criado após a tragédia em Brumadinho , Minas Gerais, será publicada na terça-feira (29) no Diário Oficial da União.

"O Conselho Ministerial de Supervisão de Respostas a Desastres resolve [recomendar que] realizem imediatamente fiscalização nas barragens sob sua jurisdição, de modo a priorizar aquelas classificadas como possuidoras de 'dano potencial associado alto' ou com 'risco alto'", diz um trecho do documento. A resolução foi resultado da reunião ocorrida na tarde desta segunda-feira (28) para discutir o desastre ocorrido após o rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho .

Participaram da reunião os ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral), Santos Cruz (Secretaria de Governo), Fernando Azevedo e Silva (Defesa), Bento Costa Lima (Minas e Energia) e Gustavo Canuto (Desenvolvimento Regional).

O governo também recomenda a auditoria e revisão nos procedimentos de fiscalização e que os órgãos fiscalizadores avaliem a necessidade de remover instalações de empresas e, consequentemente, seus funcionários, localizados próximo às barragens. Vários funcionários da Vale, empresa responsável pela Mina Córrego do Feijão, trabalhavam em locais próximos a barragem que rompeu, e estão desaparecidos.

O Conselho Ministerial também criou um subcomitê responsável por propor uma revisão e uma atualização da Política Nacional de Segurança de Barragens. A política de segurança também será alvo de discussão na reunião do Conselho de Governo, a ser presidida por Hamilton Mourão, presidente da República em exercício.

Leia também: Polícia de Minas Gerais investiga falsos pedidos de doações para vítimas em Minas Gerais

Situação em Brumadinho

Indígenas Pataxó Hã-hã-hãe vivem às margens do rio Paraopeba, atingodo pela tragédia em Brumadinho
Lucas Hallel Ascom/Funai
Indígenas Pataxó Hã-hã-hãe vivem às margens do rio Paraopeba, atingodo pela tragédia em Brumadinho

Nesta segunda-feira (28), a Defesa Civil atualizou o número de mortes, que subiu para 65. As buscas por sobreviventes, após o rompimento de uma barragem da mineradora Vale, já estão no quarto dia seguido de operação contínua do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais. 

Ainda segundo a Defesa Civil, até o momento, 192 vítimas foram resgatadas com vida. Por enquanto, ainda há 279 pessoas desaparecidas. Por enquanto, cerca de 460 pessoas procuraram a polícia em busca de parentes desaparecidos, segundo informações divulgadas pelo chefe da Polícia Civil de Minas Gerais, Wagner Pinto de Souza.

Peritos especializados da Polícia Federal chegaram em Minas Gerais para auxiliar no reconhecimento das vítimas. Pelo mesmo motivo, a Advocacia-Geral da União (AGU) ajuizou uma medida cautelar de urgência para que empresas de telefonia forneçam a relação de assinantes de celulares que estavam conectados nas imediações da Mina do Córrego do Feijão .

Também neste domingo (27), Israel enviou ao Brasil uma tropa de 130 soldados para ajudar nas buscas por vítimas da tragédia. Segundo o presidente Jair Bolsonaro, além dos soldados, estão sendo enviados ao Brasil "16 toneladas de equipamentos destinados a busca de desaparecidos" na tragédia de  Brumadinho  . Também fazem parte da missão israelense médicos, engenheiros e especialistas.

* Com informações da Agência Brasil

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