Cardiologista é investigado por Cremesp e continua com o perfil ativo
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Cardiologista é investigado por Cremesp e continua com o perfil ativo

O cardiologista Augusto Cesar Barretto Filho, de 74 anos, foi preso nesta sexta-feira (18), em Presidente Prudente, no interior de São Paulo. O médico foi  acusado por dezenas de mulheres de tê-las abusado sexualmente durante consultas clínicas.

Barretto Filho se entregou à Polícia Civil na sede da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), que investiga as denúncias contra o cardiologista . O gesto se dá no dia seguinte à decisão do juiz João Pedro Bressane de Paula Barbosa, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Presidente Prudente, que acatou a pedido do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) e decretou a prisão preventiva do médico.

Segundo a Polícia Civil , que já colheu mais de 30 depoimentos de supostas vítimas, as ocorrências relatadas foram semelhantes. Barretto Filho estaria há anos recebendo as pacientes em seu consultório e as pressionando a passar a mão em seu órgão genital. Algumas mulheres chegaram a contar que o agressor teria sido ainda mais violento, tendo as agarrado por trás enquanto tocava suas partes íntimas.

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As investigações contra o médico começaram em julho do ano passado, quando surgiu a primeira denúncia de uma suposta vítima. A mulher relatou ter ido a uma consulta, a fim de entregar resultados de exames providenciados pelo médico, mas Barretto tocou em suas partes íntimas e fez com que a mulher tocasse em seus órgãos genitais. De acordo com a denúncia, a vítima pediu chorando para que o cardiologista parasse, mas não foi atendida. Em choque, a mulher teria ficado sem reação e não teria conseguido pedir socorro.

Apesar de o caso ser antigo, um inquérito foi aberto somente na última segunda-feira (14) pelo promotor de Justiça Filipe Antunes. Com a divulgação da acusação, novos casos de  abuso sexual  começaram a surgir ao longo da semana.

Algumas mulheres afirmaram terem sido tocadas nos seios enquanto estavam deitadas na maca. Enquanto outras relataram que o médico teria esfregado o pênis ereto em seus corpos. Há ainda um caso que diz que o médico teria se masturbado, enquanto a vítima estava de costas.

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Após o caso se tornar público, o Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) anunciou a abertura de sindicância contra o cardiologista . O conselho ainda informou que negou um pedido feito pela defesa do médico para que o seu registro profissional fosse cancelado – o que, caso fosse efetivado, anularia as medidas punitivas contra o agressor.

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