Mais de R$ 1 milhão é encontrado em quintal de ex-vereador, que está preso por suspeita de lavagem de dinheiro
Divulgação/ Ministério Público de São Paulo
Mais de R$ 1 milhão é encontrado em quintal de ex-vereador, que está preso por suspeita de lavagem de dinheiro

Foram encontros mais de R$ 1,5 milhão enterrados no quintal da casa do ex-vereador José Eurípedes de Souza, em Igarapava (SP), nesta segunda-feira (17). Segundo o Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a esposa do investigado, Guejane Emília Flaustino, que estava no local no momento da apreensão, teve prisão preventiva por prática de crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de valores.

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A operação aconteceu após descobertas feitas pela investigação na primeira fase da Operação Ágio, que começou no começo do mês e cumpriu 15 mandados de busca e apreensão e um de prisão temporária, em deconrrência de suspeitas de lavagem de dinheiro

Após serem realizadas escavações na terra do quintal da residência, três caixas foram encontradas enterradas e duas delas guardavam o dinheiro embrulhado em sacos plásticos e papel alumínio. As cédulas foram levadas a uma agência bancária que levou cerca de seis horas para contabilizar o valor escondido na casa.

Durante aproximadamente seis horas, cerca de dez pessoas trabalharam na contabilização do valor apreendido, cujo montante total apurado foi de R$ 1.545.939,85, o qual está depositado em conta judicial.

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Além do dinheiro encontrado no quintal, outros R$ 100 mil foram identificados em diversos locais da residência, inclusive em um compartimento secreto localizado embaixo da pia do lavabo. O ex-vereador está preso desde o dia 6 de dezembro por suspeita de usura e lavagem de valores.

Na última semana, o prazo da prisão temporária de Souza foi prorrogado pela Justiça. O ex-vereador é suspeito de obter vantagens ao realizar empréstimos com juros abusivos a moradores.  

De acordo com o Ministério Público , tanto o investigado, quanto seus aliados utilizavam empresas de familiares e amigos para realizar lavagem de dinheiro ilícito, principalmente por meio de lojas de R$ 1 localizadas em várias cidades. A mesma ordem judicial de apreensão determinou a suspensão das atividades comerciais de cinco lojas pertencentes aos investigados.

Souza já havia sido preso em 2015 por fazer parte do esquema em que parlamentares cobravam propina para facilitar a aprovação de projetos do Executivo na Câmara Municipal, ficando conhecido como “mensalinho de Igarapava”.

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Em março deste ano, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) reduziu a pena do suspeito de lavagem de dinheiro de 5 anos, 8 meses e 12 dias, para 2 anos e 8 meses de reclusão, em regime semiaberto.

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