Mãe 'fantasia' filho de escravo para festa de Halloween em escola particular de Natal, no Rio Grande do Norte
Reprodução/Instagram
Mãe 'fantasia' filho de escravo para festa de Halloween em escola particular de Natal, no Rio Grande do Norte

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte vai intimar a mãe que 'fantasiou' filho de escravo para uma festa de Halloween . O caso aconteceu no início desta semana em Natal, quando a mulher publicou fotos do menino de 9 anos de idade caracterizado como um escravo, com correntes e marcas que simulavam feridas causadas por chicotes, e causou revolta e acusações de racismo nas redes sociais.

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De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil, a mãe que fantasiou o filho de escravo será chamada para prestas esclarecimentos, ainda nesta terça-feira (3), na Delegacia Especial de Defesa à Criança e Adolescente (DCA), em Natal.

O Ministério Público do Rio Grande do Norte também abriu investigação sobre o caso. De acordo com a promotoria de Justiça da Criança e do Adolescente, o processo será tocado em sigilo, por envolver um menor de idade.

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A caracterização do menino de 9 anos como escravo foi exibida pela mãe em suas redes sociais com a legenda: "quando seu filho absorve o personagem! Vamos abrasileirar esse negócio! #Escravo".

Após a repercussão negativa e acusações de racismo , a mãe apagou as fotos e publicou pedido de desculpas. "Queria somente pedir desculpas pelo fato! Jamais foi minha intenção ofender alguém, estou extremamente arrependida por tudo que aconteceu e me sentindo MUITO mal com os xingamentos e as ameaças horríveis que estão me mandando. Desculpa a todos, do fundo do meu coração! #paz", escreveu. Posteriormente, a mulher excluiu suas contas em redes sociais.

A 'fantasia' que motivou as críticas à mulher foi escolhida para a festa de Halloween do Colégio CEI, escola da região da Lagoa Nova na capital potiguar. Por meio de nota, o colégio lamentou a atitude da mãe que fantasiou filho de escravo . "Lamentavelmente, a escolha do traje para a participação do Halloween, feita pela família do aluno, tocou numa ferida histórica do nosso país. Amargamos as sequelas do trágico período da escravidão até os dias de hoje. O Colégio CEI não incentiva, nem compactua, com qualquer tipo de expressão de racismo ou preconceito, tendo os princípios da inclusão e convivência com a diversidade como norte da nossa prática pedagógica", informou a instituição de ensino. 

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