Foram presos 37 suspeitos de extorsão de dinheiro de pessoas envolvidas com atividades ilícitas na manhã desta quinta-feira (30), no Rio de Janeiro. Entre os presos estão 21 policiais civis, quatro policiais militares, um bombeiro e um agente penitenciário tidos como líderes da organização criminosa.
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De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), o grupo fazia a extorsão de dinheiro de vendedores de mercadorias piratas, bingos, postos de gasolina, comerciantes em situação irregular e donos de veículos clonados.
A ação pretende cumprir 48 mandados de prisão comandada por agentes do MP-RJ e da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro, por meio do Gaeco e a Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) e da Secretaria de Estado de Segurança Pública.
Do total de denunciados, 24 são policiais civis, seis são policiais militares, dois são bombeiros militares, um agente penitenciário e outras 15 pessoas que agiam como informantes ou ajudantes dos policiais, que eram remunerados com parte do valor obtido nas extorsões.
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A denúncia do Ministério Público aponta que o grupo tinha como objetivo encontrar pessoas que poderiam estar infringindo as leis, descobrir seu potencial econômico e então realizar batidas policiais contra eles, de preferência, flagrando-os cometendo crimes ou irregularidades administrativas.
Diante do flagra, o grupo pedia uma quantia em dinheiro para que os infratores não fossem presos ou tivessem suas mercadorias apreendidas, conforme denunciaram integrantes. Os criminosos ainda chegavam a ameaçar e até agredir fisicamente as vítimas. Em alguns casos, os objetos apreendidos ainda ficavam com os denunciados.
Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro , Rodrigo Santoro e Delmo Fernandes eram os responsáveis por toda a ação delituosa gerenciavam, fiscalizavam e recebiam os lucros financeiros da organização.
Estão participando da operação a Coordenadoria de Segurança e Inteligência, da Corregedoria da Polícia Civil e da Corregedoria da Polícia Militar. A Polícia Civil não participou da investigação.
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O grupo pode responder por corrupção, organização criminosa, extorsão, concussão e peculato, entre outros crimes.