MPRJ e Polícia Civil realizam operação para prender 81 ligados ao tráfico de drogas do Morro do Cavalão, em Niterói
Reprodução/TV Globo
MPRJ e Polícia Civil realizam operação para prender 81 ligados ao tráfico de drogas do Morro do Cavalão, em Niterói

A Polícia Civil e o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) realizam nesta quarta-feira (8) operação contra tráfico de drogas no Morro do Cavalão, zona sul de Niterói. Os oficiais detiveram seis pessoas até agora, mas o objetivo é prender 81 traficantes. Agentes de diversas delegacias participam da ação, que teve início às 6h da manhã.

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Além de mandados de prisão preventiva, policiais também buscarão apreender armas, munições e drogas, assim como outros itens que possam comprovar a atuação criminosa nos endereços dos denunciados. As investigações identificaram 84 traficantes (alguns já presos) no Morro do Cavalão – tanto soltos quanto presos – em diversas ‘cargos’, ao que os investigadores chamaram de “a espinha dorsal do tráfico de drogas ”.

Ainda de acordo com a operação, os traficantes do Cavalão abastecem outras comunidades de Niterói, além de enviarem entorpecentes para serem revendidos em presídios do País.  

A 'hierarquia' do tráfico de drogas do Cavalão

A ação contra o tráfico de drogas cumprirá 81 mandados de prisão preventiva e mandados de busca e apreensão
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A ação contra o tráfico de drogas cumprirá 81 mandados de prisão preventiva e mandados de busca e apreensão

O MP-RJ apontou Reinaldo Medeiros Ignácio, vulgo “Kadá”, como o chefe do tráfico na comunidade, que, mesmo estando detido no Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, continua a comandar a distância.

Depois de Kadá, a segunda posição mais alta é a de Anderson Rodrigues França, de apelido “Goelão”, que está na chamada “frente”, sendo responsável por tomar decisões prática em relação ao comércio ilegal de drogas – o que significa que administra a contabilidade, gerencia pontos de venda e comanda os chamados “gerentes”.

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Como existe uma teia complexa de traficantes no Cavalão, os oficiais dividiram as denúncias em seis núcleos organizacionais: do chefe do tráfico e do “frente” e seus familiares; dos “gerentes”; dos fornecedores e intermediários; dos “vapores” (menores de idade contratados para ‘vigiar as bocas de fumo’); dos “atividades” e “aviões” (que levam e buscam ‘as encomendas’); e, por fim, o núcleo dos traficantes presos – que exercem atividades ilícitas no Cavalão de dentro das cadeias.

Em nota, o MP-RJ diz que a Operação Pé de Pano tem como meta atender a demanda “da população de Niterói , atormentada com as ‘bocas de fumo’ e as ‘cracolândias’ instaladas nas entradas da comunidade, que tem seu acesso principal por Icaraí”. 

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“Além das 14 ‘bocas de fumo’ dentro da comunidade, a investigação apurou que mototaxistas também vendem drogas nos cinco pontos de moto táxi existentes na favela (nos acessos e no interior), o que facilita a compra e a venda de entorpecentes, inclusive para crianças e adolescentes, e torna o tráfico de drogas no Cavalão altamente nocivo para a população”.

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