Dos mais de 127 mil imigrantes venezuelanos que chegaram ao Brasil pelo município de Pacaraima, na região fronteiriça de Roraima, entre 2017 e 2018, mais da metade já deixou o país.
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Os números sobre os imigrantes venezuelanos foram apresentados na 5ª reunião do Comitê Federal de Assistência Emergencial, realizada na segunda-feira (16) no Palácio do Planalto, e divulgados pelo ministério da Casa Civil.
Eles chegam ao Brasil buscando abrigo e fugindo da crise econômica e de abastecimento intensa instalada no país vizinho. Mas as situações que vivenciam aqui, com a falta de emprego e a dificuldade do idioma, são tão ou mais adversas que as que experimentam em seu país de origem.
Dos 68,9 mil que resolveram deixar o Brasil , a maior parte (47,8 mil) fez o caminho por fronteira terrestre e 21,1 mil pegaram voos internacionais.
Dentre os recém-chegados que deixam o país por via terrestre, 66% voltam ao país natal por Pacaraima; 15% pela Ponte Tancredo Neves, em Foz do Iguaçu, no Paraná; 6% por Guajará-Mirim, em Rondônia; 6% por Uruguaiana, no Rio Grande do Sul; e 7% por outras localidades.
De acordo com os dados divulgados pela Casa Civil, as principais rotas de saída por via aérea são os aeroportos de Guarulhos, em São Paulo (58%); Manaus (15%), Brasília (13%) e do Galeão, no Rio de Janeiro (11%).
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Pedidos de refúgio e residência de imigrantes venezuelanos
De 2015 a junho de 2018, 56,7 mil venezuelanos procuraram a Polícia Federal para solicitar refúgio ou residência no Brasil.
Nesse período, 35,5 mil pediram refúgio e 11,1 mil solicitaram residência. Além desses, 10,1 mil agendaram atendimento, sendo que 5,9 mil não retornaram.
Ao todo, aproximadamente 4 mil venezuelanos estão em nove abrigos de Roraima . Até agora, 690 foram levados para as cidades de São Paulo, Manaus, Cuiabá, Rio de Janeiro, Igarassu e Conde, ambas na Paraíba. Estão previstas para a próxima semana novas viagens para Brasília, Cuiabá, Rio de Janeiro e São Paulo.
Em abril deste ano, o governo deu início a um processo de distribuição de imigrantes venezuelanos concentrados em Roraima para outras unidades da Federação, no chamado processo de interiorização dos recém-chegados, visando conter a crise migratória no Norte do país.
* Com informações da Agência Brasil
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