Para o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL), a solução para a questão dos muitos venezuelanos que tem chegado ao Brasil fugindo da crise econômica na Venezuela passa por revogar a lei de imigração e construir um campo de refugiados em Roraima.
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O presidenciável discutiu este e outros assuntos em entrevista publicada nesta quarta-feira (14) no jornal O Estado de São Paulo .
“A elite foi a primeira a sair da Venezuela. Essa foi para Miami. A parte mais intermediária, grande parte foi para o Chile. E agora os mais pobres estão vindo para o Brasil. Nós já temos problemas demais aqui”, opinou o militar reformado.
O deputado também aproveitou a entrevista para dirigir críticas a três de seus alvos preferidos: o movimento LGBT , os defensores dos direitos humanos e os petistas.
O movimento LGBT, para Bolsonaro, não passaria de “uma minoria que ganhar dinheiro em cima disso”. Sobre os homossexuais não relacionados ao movimento, contudo, ele disse não ter nada contra. Inclusive, acrescentou, “a maioria dos homossexuais vota em mim hoje em dia”.
Já os defensores dos direitos humanos, repetiu o presidenciável, estão interessados também em receber dinheiro de ONGs e se preocupam apenas com os direitos de “marginais”.
“O marginal pra mim é um bandido que só tem um direito para mim: o de não ter direito”, opinou.
Em relação ao Partido dos Trabalhadores, o deputado disse que, se vencer as eleições, uma de suas medidas será a venda ou a “extinção” das estatais, “criadouro de militantes petistas”, em sua avaliação. “Estatais não produzem nada”, completou.
Para marqueteiros de Trump, Bolsonaro tem ‘imagem ruim’
Acostumado a expressar opiniões radicais, Bolsonaro tem uma ‘imagem ruim’ inclusive para os marqueteiros de outro político afeito a polêmicas, o presidente estadunidense, Donald Trump.
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A equipe do chegou a procurar a empresa responsável pela campanha vencedora do republicano nos EUA, mas obteve resposta negativa dos marqueteiros.
Emissários de Bolsonaro entraram em contato com a agência Cambridge Analytica para aventar a possibilidade de a empresa atuar na campanha do deputado no Brasil. Os marqueteiros pediram prazo para analisarem o comportamento de Bolsonaro nas redes sociais e, passados três meses, decidiram rejeitar o convite sob a alegação de que o candidato tem uma "imagem ruim".
O deputado negou ao Estadão que tenha procurado os marqueteiros de Trump, mas deixou aberta a possibilidade de que outras pessoas que o assessoram tenham feito isso. “Se alguém procurou esta agência, foi sem minha autorização. Não tenho dinheiro para contratar uma empresa dessas”, comentou.
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