Marcus Vinicius da Silva, de 14 anos, morador da favela do Complexo da Maré, foi baleado na manhã de quarta-feira (20) enquanto ia para a escola e morreu no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na noite de ontem. Para a família, o Estado e a polícia são os culpados pela morte.
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Quando Marcus Vinicius saía de casa na quarta, tinha início uma operação da Polícia Civil no Complexo da Maré . De acordo com a polícia, o propósito da ação era o cumprimento de 23 mandados de prisão de suspeitos de terem participado da morte do chefe de operações da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod). Houve tiroteio, e sete pessoas morreram, entre elas Marcus Vinicius.
Pai da criança, José Gerson da Silva, de 37 anos, trabalhava como pedreiro quando recebeu a notícia, de uma vizinha.
"Ele estava próximo de casa. Só precisava andar mais uns 100 metros e já estaria seguro", conta.
A mãe, Bruna da Silva, de 36 anos, conseguiu conversar com o filho quando ele estava na Unidade de Pronto Atendimento, pelo telefone.
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A diarista culpa a polícia pela morte do filho. Os pais do estudante afirmam que testemunhas disseram que os tiros partiram de um blindado, que se deparou com Marcus Vinicius na rua e atirou. Bruna disse também que a polícia chegou a impedir que a ambulância entrasse para socorrê-lo.
"Não pode mais isso acontecer, chega de alvejar criança. Eles entram na comunidade para destruir famílias", disse a mãe, que tem uma filha mais nova.
A mãe diz que pensa em processar o Estado e não pretende se calar. "Eu espero Justiça. Eu não sei se vai haver. Calaram meu filho, mas a mãe não calaram e por ele eu vou falar. Se eu tiver que processar o estado, eu vou processar. Pra não ficar impune".
O pai, que também acusa a polícia , conta que o filho era alegre e queria ser MC. “Ele estava uniformizado. Como uma pessoa não vai enxergar um uniforme?", questiona. O enterro deve ser no Cemitério do Caju.
* Com informações da Agência Brasil
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