Quatro homens foram mortos em um tiroteio na Favela do Rola
, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio de Janeiro
, na manhã desta segunda-feira (30).
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Por meio de nota, a assessoria da Polícia Militar diz que o Comando do 27º Batalhão da corporação, em Santa Cruz, foi informado do tiroteio, no qual os policiais não teriam tomado parte.
Quatro pessoas ficaram feridas, teriam sido levadas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro mas não resistiram aos ferimentos. De acordo com a PM, o batalhão participava de outras ações na região na hora do tiroteio.
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da capital. Os agentes realizam buscam possíveis testemunhas e imagens de câmeras de segurança instaladas na região que possam ajudar a identificar a autoria dos crimes.
A chacina
vem somar à onda de crimes que tomam o estado. No sábado (28), cinco pessoas foram mortas a tiros por homens que passaram de carro atirando, na saída de um baile funk em uma comunidade de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Entre as vítimas, três homens e duas mulheres, com idades variando entre 19 e 49 anos. Os mortos estavam conversando e tomando cerveja em uma pracinha ao término do baile. A Polícia Civil investiga a possível participação de milicianos nas mortes.
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Chacinas dobram no estado
De acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (26) pelo Centro de Estudo de Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes, o número de chacinas – assassinatos em massa – no estado dobrou no período pós-decreto, se comparado com os dois meses anteriores à intervenção. Foram 12 episódios, com 52 vítimas, nestes dois meses de intervenção federal
, contra 6 chacinas, com 22 mortos, entre dezembro e fevereiro.
E não só: os tiroteios no estado aumentaram em 15%. Foram contabilizadas 1502 trocas de tiros após a intervenção; nos meses que a antecederam, foram 1299 os tiroteios notificados.
Os dados foram compilados no documento “À deriva: sem programa, sem resultado, sem rumo”. Em síntese, os especialistas envolvidos no projeto, uma espécie de observatório não oficial da intervenção, criticaram a medida e não veem com otimismo sua chance de progredir na luta contra as milícias e o crime organizado.
* Com informações da Agência Brasil
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