O traficante Rogério Avelino da Silva
, conhecido como Rogério 157, negou que tenha sido o chefe da organização criminosa que comandou a favela da Rocinha, localizada em São Conrado, na zona sul do Rio de Janeiro.
Preso desde o início do ano em uma penitenciária federal em Porto Velho, em Rondônia, Rogério 157 prestou depoimento à Justiça estadual do Rio nessa quarta-feira (11), por meio de videoconferência. Ele é acusado pelo Ministério Público de ter assumido a liderança do tráfico na Rocinha após a prisão de Antonio Bonfim Lopes, o Nem, que supostamente enviava mensagens a Rogério por meio de sua esposa, Danúbia Rangel. Rogério, no entanto, disse em seu interrogatório que estava morando em Minas Gerais entre 2013 e 2014, período no qual os crimes dos quais ele é acusado teriam ocorrido.
Além da acusação por tráfico de drogas, Rogério também responde nesse processo por crimes de falsidade ideológica, corrupção ativa e ocultação de bens, entre outros crimes.
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Caça a Rogério 157
O criminoso foi preso em dezembro do ano passado após ter sido alvo de uma verdadeira caça devido à guerra iniciada na favela da Rocinha cerca de três meses antes.
A comunidade localizada em São Conrado virou palco de seguidos conflitos violentos após o rompimento da aliança entre Rogério e o Nem da Rocinha, ex-número-um do tráfico na comunidade que integra a facção Amigos dos Amigos (ADA).
Os intensos confrontos entre os grupos de Rogério e de Nem levaram o governo fluminense a pedir socorro ao governo federal, que autorizou o envio das Forças Armadas à favela. A ocupação militar fez com que o traficante fugisse da Rocinha, sendo encontrado escondido em uma comunidade na zona norte do Rio.
Rogério 157 permaneceu preso no Rio por pouco mais de um mês, tendo sido transferido para Rondônia em janeiro por decisão da 20ª Vara Criminal do Rio, que atendeu a pedido da Secretaria de Segurança Pública e do Ministério Público estadual.
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