Cartazes denunciam assassinato de vereadora do Psol
Reprodução/Facebook
Cartazes denunciam assassinato de vereadora do Psol

Investigadores da Polícia Civil e da Polícia Federal acreditam que “há DNA de um grupo paramilitar” no assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes . A informação é do jornal O Globo .

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Isso porque, entre outros indícios, ao menos uma das munições que vitimou os dois no dia 14 de março era parte de um lote especial e coincide com projéteis usados em dois outros crimes perpetrados pelas milícias .

Das nove cápsulas encontradas no local do crime, oito são de um carregamento vendido pela Companhia Brasileira de Cartuchos à Polícia Federal em Brasília. Munições do tipo foram remetidas a vários estados e, acredita-se, parte do lote foi roubado e chegou à mão de criminosos.

Uma única munição, contudo, é importada e tem características especiais. O que chamou a atenção dos investigadores foi que, dos 14.574 homicídios que aconteceram no estado desde 2015, em apenas três crimes, que vitimaram cinco vítimas, uma munição semelhante foi encontrada.

Estes assassinatos aconteceram em São Gonçalo, no interior do Rio, em Itaupu, na região da cidade de Niterói, e na Estância de Pendotiba, próximo à capital fluminense.

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Para os investigadores, os casos têm semelhanças. Todos contavam com munições destinadas às Forças Armadas e à PF, e os assassinatos seguiram um mesmo padrão. Na avaliação da Polícia, há fortes indícios de que todos os crimes foram levados a cabo por milicianos – forças paramilitares, formadas em parte por policiais e ex-policiais, que atuam no estado.

Digitais encontradas

Policiais civis e federais que atuam no caso da morte da vereadora  Marielle Franco (Psol)  e do motorista  Anderson Gomes  encontraram também digitais parciais do possível assassino dos dois.

Elas estavam nas cápsulas que alimentaram a pistola 9mm que vitimou a vereadora e o motorista no dia 14 de março e foram encontradas na região em que ocorreu o assassinato, no bairro do Estácio.

As digitais, contudo, estão “fragmentadas”, conforme a própria perícia admite. Assim, elas não podem ser comparadas com as digitais disponíveis no banco de dados da Polícia Civil do estado. Mas podem ser confrontadas com a digital de um possível suspeito, caso a polícia venha a identificar algum.

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