Forças Armadas durante operação na Vila Kennedy, no Rio de Janeiro. Ações têm sido recorrentes na região
Tânia Rêgo/Agência Brasil - 7.3.18
Forças Armadas durante operação na Vila Kennedy, no Rio de Janeiro. Ações têm sido recorrentes na região

Três policiais militares e um civil foram assassinados no estado do Rio de Janeiro na noite de quarta-feira (21). Duas das mortes aconteceram na favela da Rocinha, na zona sul do Rio, onde um tiroteio vitimou o policial militar Felipe Santos de Mesquita e um morador da favela, Antônio Ferreira.

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Mesquita foi atingido no abdômen e chegou a ser encaminhado ao hospital, mas não suportou os ferimentos e morreu. Já Antônio Ferreira, que tinha 70 anos e era uma figura conhecida na Rocinha , foi alvejado no rosto e morreu na hora.

Por conta do tiroteio, um túnel que liga o Leblon a São Conrado teve de ser fechado. A polícia não apresentou detalhes sobre o motivo do tiroteio na favela.

Outros dois policiais militares também foram mortos no interior do estado na noite de quarta (21). Em Cabo Frio, o PM Luciano da Silva Coelho estava em seu horário de folga, trabalhando como segurança, quando foi baleado em uma tentativa de roubo.

Já o sargento Maurício Chagas Barros participava de uma ação policial na favela Gogó da Ema, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, quando foi atingido morto a tiros.

“Conforto aos moradores”

Mesmo passando por uma intervenção federal na área da segurança pública, o estado do Rio ainda não apresentou melhora visível em seus índices de homicídio.

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Para o presidente Michel Temer (MDB), contudo, “a simples presença do interventor e das Forças Armadas causa impacto no banditismo” carioca. A declaração foi dada na abertura da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, que reúne membros da sociedade civil, políticos e empresários indicados pelo presidente.

Temer também opinou que os militares dão “sensação de conforto para aqueles mais vulneráveis, como os moradores do morro”.

A fala do presidente acontece uma semana depois de a vereadora Marielle Franco (PSOL) ser assassinada em uma via pública no Rio de Janeiro.

Se a morte de Marielle não abalou os ânimos de Temer sobre a intervenção, antes do assassinato o presidente estava ainda mais otimista. No dia 13 de março, um dia antes da morte da vereadora, ele chegou a cogitar que a intervenção terminaria em setembro, possibilitando que a reforma da previdência fosse votada ainda neste ano.

“Se até setembro as coisas se tranquilizarem no Rio, podemos aprovar a reforma da previdência”, dizia o presidente.

O tom do governo mudou após o assassinato da vereadora. Carlos Marun, principal articulador político de Temer, chegou a dizer que “só um imbecil” acharia que em um mês a situação no Rio se pacificaria.

* Com informações da Agência Brasil

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