Fortaleza foi palco de novos ataques na noite desta sexta-feira (9). Dessa vez, pelo menos sete pessoas morreram e outras quatro ficaram feridas após os disparos feitos no bairro do Benfica, na região central da capital do Ceará. De acordo com a Polícia Civil, disparos foram realizados em diferentes pontos da cidade, provavelmente pelo mesmo grupo.
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A suspeita inicial é de que os agressores tivessem como alvo integrantes da torcida organizada do Fortaleza
, o que está sendo investigado pela Divisão de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). Três das sete vítimas foram mortas na Praça da Gentilândia, que estava lotada no momento do ataque, já que fica próxima ao campus da Universidade Federal do Ceará (UFC) e cercada por bares e restaurantes.
Testemunhas do tiroteio realizado na praça relatam, pelas redes sociais, os momentos de pânico na noite de ontem. Uma delas, chamada Patricia Barros, conta que "vivenciou um dos piores dias" de sua vida. "Estive presente no tiroteio que ocorreu no Benfica e claramente estava correndo pela minha vida", escreveu.
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Outros dois ataques aconteceram quase no mesmo momento em que o da Praça Gentilândia
, sendo que três foram mortas nas proximidades de uma das sedes da Torcida Uniformizada de Fortaleza, na Vila Demétrio, e outra vítima foi morta na Rua Joaquim Magalhães, também na Vila Demétrio.
Vítimas
José Gilmar Furtado de Oliveira Júnior, de 33 anos, Antônio Igor Moreira e Silva e Joaquim Vieira de Lucena Neto foram mortos a tiros na Praça da Gentilândia, localizada próxima ao campus da Universidade Federal do Ceará (UFC), no bairro Benfica.
Na Vila Demétrio, foi morto Carlos Victor Meneses Barros, de 23 anos. Já Pedro Braga Barroso Neto, de 22, foi baleado na Rua Joaquim Magalhães. Emilson Bandeira de Melo Júnior, de 27, e Adenilton da Silva Ferreira, de 24, morreram no Instituto Doutor José Frota em decorrência dos ferimentos.
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Violência no Ceará
O episódio de ontem só reforça a crescente violência em Fortaleza e em todo o Ceará, que inclusive conta com apoio de forças federais para conter o crime organizado. Em fevereiro deste ano, o presidente Michel Temer aprovou a força-tarefa formada por agentes da Polícia Federal (PF) e da Força Nacional, encaminhando 26 policiais federais e 10 policiais da Força Nacional ao estado. O grupo em atuado principalmente em operações de inteligência, dando apoio às forças militares estaduais no combate ao crime organizado.
*As informações são da Agência Brasil