Militares das Forças Armadas retornaram nesta sexta-feira (9) à comunidade Vila Kennedy, localizada às margens da Avenida Brasil, na zona oeste do Rio de Janeiro. A ação conta com cerca de 1.400 soldados e envolve "cerco, estabilização dinâmica da área, reforço no patrulhamento ostensivo e retirada de barricadas".
Este já o terceiro dia seguinte de ação das Forças Armadas na Vila Kennedy , que já foi palco de um total de seis operações desde o início da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, no fim do mês passado.
A nova operação se dá horas após um grupo de criminosos promover arrastão na Paróquia Cristo Operário e Santo Cura D'ars, localizada bem na entrada da comunidade. De acordo com relatos de moradores, quatro homens encapuzados e armados roubaram celulares e dinheiro de aproximadamente 40 fiéis durante a missa dessa quinta-feira (8), por volta das 20h. Até mesmo os padres que comandavam a cerimônia tiveram seus pertences levados pelos bandidos.
Por conta da nova ação das Forças Armadas, algumas ruas e acessos da comunidade poderão ser interditados e setores do espaço aéreo poderão ser controlados com restrições para aeronaves civis, mas sem interferência nas operações dos aeroportos. A informação é do Comando Militar do Leste, de onde o general Walter Braga Netto coordena as ações da intervenção federal no Rio.
Leia também: Dinheiro recuperado na Lava Jato será empregado em ações da intervenção no Rio
Remoção de barracas
Também na manhã desta sexta-feira, a Prefeitura do Rio de Janeiro promove uma ação integrada com vários órgãos municipais para o "ordenamento urbano" na Vila Kennedy. A ação conta com policiais militares e a Guarda Municipal na retirada de barracas de comércio ambulante na comunidade.
A operação, segundo a Prefeitura, ocorre "em apoio às operações das forças militares que atuam na cidade". Participam da ação na Vila Kennedy a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop),a Coordenadoria de Gestão dos Espaços Urbanos (Cgeu), a Secretaria de Conservação do Meio Ambiente (Seconserma), a Light, a RioLuz, a Cedae e a Comlurb.
Leia também: Forças Armadas investigam ex-militares que treinam criminosos em favelas no Rio