Esquema aconteceu dentro do Departamento de Zoologia do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP)
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Esquema aconteceu dentro do Departamento de Zoologia do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP)

A Justiça Federal decretou a prisão preventiva do ex-professor da Universidade de São Paulo (USP) Marcelo Rodrigues de Carvalho, acusado de desviar quase R$ 1 milhão do orçamento do Departamento de Zoologia do Instituto de Biociências da instituição.

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Carvalho, que também teve seus bens bloqueados pela Justiça, teve seu nome incluído na lista de procurados da Interpol. Isso porque, no final de 2016, após o início das investigações, o cientista pediu exoneração do cargo na  USP e se mudou para os Estados Unidos.

De acordo com as investigações, Carvalho teria desviado verbas de um programa de pós-graduação que coordenava. Para tanto, ele apresentava notas fiscais falsas de produtos que supostamente seriam necessários no laboratório do cientista.

Quando o departamento notou para onde havia sido encaminhada tamanha verba, fez um inventário dos produtos que teriam sido adquiridos por Carvalho e constatou uma série de impropriedades.

Afinal, enquanto muitos produtos nunca foram localizados nos laboratórios, outros estavam em quantidades bem inferiores às indicadas nos registros. Na lista de compras, foram incluídos até artigos que não são utilizados pelo Departamento de Zoologia da USP.

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Segundo o Ministério Público Federal (MPF), entre 2012 e 2014, Carvalho chegou a embolsar R$ 970 mil nesse esquema, dinheiro provindo do Ministério da Educação

Outros envolvidos no esquema

Além de Carvalho, são alvos de investigação também o técnico administrativo do departamento de Zoologia Eduardo Netto Kishimoto, e os empresários Marcos Simplício e Sérgio dos Santos, donos das empresas Tec Science e Bellatrix. Os três também tiveram os bens bloqueados pela Justiça. 

Ainda de acordo com o MPF, o ex-professor apresentou 41 notas fiscais frias, conseguidas com as empresas Tec Science e Bellatrix. Tais empresas ficavam com parte do valor da falsa compra como contrapartida pela emissão dos documentos.

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As investigações tiveram início e o esquema começou a ruir após outros professores do departamento reclamarem de falta de dinheiro na unidade, que – mesmo com o aporte da Capes – estava sem verba para um determinado projeto de pesquisa da faculdade de Zoologia da USP.

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