A manicure Lúbia Camilla Pinheiro Gorgete, que estava em prisão domiciliar desde maio deste ano, foi presa mais uma vez no estado do Mato Grosso . Conhecida nas redes sociais como a "loira do crime" por exibir vida de luxo na internet, a mulher, de 26 anos, agora enfrenta dois processos na justiça dentro da Operação Luxus.
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Segundo informações da assessoria de imprensa do Ministério Público Estadual do Estado do Mato Grosso e da Polícia Judiciária Civil, a loira foi, primeiramente, indiciada por participar de um roubo a uma agência de banco na cidade de Poconé, no interior do estado, no começo do mês de maio.
Para tentar reverter a situação, a defesa de Gorgete entrou com um pedido de prisão domiciliar, alegando que a mulher, que era beneficiária do programa Bolsa Família, tem duas filhas menores de idade, e acatada a solicitação, ela cumpria a determinação da Justiça em sua casa.
Enquanto isso, um segundo processo corria no Ministério Público. O GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), que a investigava por crime de organização criminiosa, descobriu que Gorgete não possui a guarda de suas filhas – que atualmente estão sob a responsabilidade da avó. Assim, a mulher não teria mais justificativas para a prisão domiciliar.
Ao avançarem as investigação do GAECO sobre a Operação Luxus , o MP solicitou a prisão da mulher, e Selma Arruma, juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, deferiu o pedido. Agora, Lúbia Gorgete foi encaminhada à Penitenciária Feminina de Cuiabá e aguarda o andamento dos dois processos.
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Operação Luxus
Segundo notas do site do Governo de Mato Grosso, a "Operação Luxus" foi deflagrada dia 4 de maio com o objetivo de prender 17 membros de uma organização criminosa que foi responsável por roubar pelo menos dez agências bancárias no Mato Grosso, entre a capital, Cuiabá, e outras cidades do interior do estado.
Segundo a Polícia Judiciária Civil, a PCJ, a quadrilha agia durante os finais de semana: os membros identificavam os pontos vulneráveis do local, desligavam os alarmes e câmeras dos bancos e, assim, entravam nas agências e subtraíam os valores dos cofres.
A PJC calcula que a quadrilha "lucrou" mais de R$ 5 milhões durante os assaltos, e o dinheiro movimentava a compras de artigos de luxo como lanchas, carros e importados, além de também ser "investido" em festas e viagens. Toda esta ostentação, sempre registrada nas redes sociais, motivou o nome da operação, Luxus .
"Estamos diante de uma organização criminosa que promove a destruição de agências bancárias, causando abalo na ordem pública e econômica. Vale destacar que o fechamento de agências bancárias para reparar os danos causados pelas ações criminosas reflete diretamente no dia a dia do cidadão, criando obstáculos até mesmo para a concretização de negócios que necessitem do atendimento pessoal", explicou Diogo Santana Souza, delegado titular da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), sobre a Operação que revelou os crimes da loira.
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