Confronto na Alerj deixou lojas saqueadas, agências bancárias quebradas e sete feridos
Fernando Frazão/Agência Brasil - 10.02.2017
Confronto na Alerj deixou lojas saqueadas, agências bancárias quebradas e sete feridos

A manifestação realizada por servidores estaduais e manifestantes mascarados contra a privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) acabou em confronto com a Polícia Militar nesta quinta-feira (9) pela noite, deixando ao menos sete pessoas feridas e duas agências bancárias incendiadas. A pauta está sendo discutida na Assembleia Legislativa do estado do Rio (Alerj), no centro da cidade.

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Entre os feridos estão seis policiais e um jovem de 18 anos, que estava entre os manifestantes. Ainda não se sabe se houve mais civis feridos. De acordo com as informações da PM, foram apreendidos rojões que estavam sendo atirados pela multidão em frente ao prédio da Alerj . Todos os oficiais feridos foram encaminhados ao Hospital Central da Polícia Militar, onde foram socorridos e passam bem.

Com a repressão violenta da polícia, que usou spray de pimenta e balas de borrada, o jovem acabou sendo ferido no abdômen e teve de ser operado às pressas no Hospital Municipal Souza Aguiar na noite desta quinta-feira. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o manifestante passa bem, e o estado de saúde é estável.

Privatização do Cedae

A autorização da venda da Companhia de Água e Esgoto do estado está prevista no Projeto de Lei 2.345/17, discutido na assembleia legislativa. Esta foi a condição lançada pela União para que fosse assinado o acordo para o plano de recuperação com o estado do Rio, servindo de garantia para a concessão de um empréstimo de R$ 3,5 bilhões.

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Contudo, os servidores estaduais se colocaram contra a possível privatização, iniciando protestos na última terça-feira (7). Nesta quinta, por volta das 15h40, algumas pessoas mascaradas acabaram enfrentando a polícia, que fazia a segurança no entorno do prédio da assembleia.

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Foram vistos rojões, pedras e coquetéis molotov sendo atirados contra os policiais no local. A PM reagiu com balas de borracha, spray de pimenta e gás lacrimogêneo. Dentro da Alerj, os legisladores reclamaram do cheiro forte que entrava e chegaram a pedir pela suspensão da reunião, mas tiveram pedido negado pelo presidente da Casa.

*Com informações da Agência Brasil

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