Apesar de informações transmitidas pelas redes sociais nos últimos dias, anunciando que a Polícia Militar do Rio de Janeiro faria uma paralisação nesta sexta-feira (10), o policiamento em todo o estado transcorre normalmente, de acordo com a corporação.
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Os boatos compartilhados na internet afirmavam que os familiares dos policiais militares do Rio de Janeiro – que também são proibidos de participar de greves, manifestações ou protestos – iriam impedir a saída da tropa e das viaturas, ficando em frente aos quartéis, a exemplo do que ocorre há quase uma semana no Espírito Santo.
No entanto, o movimento fluminense foi muito menor que o capixaba e que o previsto pelos internautas. O batalhão de Volta Redonda, no Médio Paraíba, é o que teve o maior número de familiares de policiais na porta de entrada da unidade, mas o protesto não impediu a saída dos carros para o patrulhamento na cidade.
Em outras unidades na capital fluminense, o número de parentes é reduzido e ninguém tentou impedir a saída das equipes para o patrulhamento de rotina.
Como medida de prevenção e conscientização da tropa, todos os comandantes das unidades da Polícia Militar permaneceram nas unidades operacionais desta quinta-feira (9) para esta sexta com a finalidade de explicar aos comandados a importância da tropa nas ruas.
Em nota, a Polícia Militar informou que “a manifestação de esposas e parentes de policiais militares que acontece em algumas unidades da PM segue pacífica. O patrulhamento está normal em todo o estado”.
O Comando-Geral da PM informou nesta quinta, por meio de sua assessoria de imprensa, que “tem mantido diálogo com a tropa sobre as graves consequências que envolvem uma paralisação”.
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De acordo com a PM, os comandantes de unidades estão procurando conscientizar seus policiais sobre “os males incalculáveis e irreparáveis que a ausência do serviço essencial prestado pela instituição causaria à população, incluindo suas próprias famílias”.
PM faz apelo usando redes sociais
O porta-voz da corporação, major Ivan Blaz, gravou um vídeo na página oficial da PM nas redes sociais, fazendo um apelo para que a saída dos militares dos batalhões não fosse impedida por parentes dos policiais. Ele cita que mais de 100 pessoas morreram no Espírito Santo desde o último sábado (4), quando os PMs daquele estado deixaram de patrulhar as ruas.
“Família policial militar, estamos cientes das manifestações a serem realizadas diante de nossas unidades. Mas é fundamental que não esqueçamos o que está acontecendo no nosso estado vizinho. No Espírito Santo, em poucos dias, mais de 100 pessoas foram mortas, incluindo policiais e seus familiares”, disse o oficial.
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Blaz diz também que reconhece a situação difícil para a tropa, por conta da crise financeira no Rio de Janeiro. “Sabemos que a nossa situação é difícil e complexa, mas não podemos permitir de forma alguma que esse cenário de barbárie chegue às nossas casas, chegue às nossas famílias. Todos estão percebendo o clamor público para que continuemos atuantes. Senhores, isso mostra a nossa importância. Mas impedir que o policiamento ganhe às ruas é lançar à própria sorte não só a sociedade como um todo, como também os nossos familiares”, explicou .
* Com informações da Agência Brasil.