Eike Batista foi levado para depor na superintendência da Polícia Federal, na zona portuária do Rio de Janeiro
Reprodução/Globo News
Eike Batista foi levado para depor na superintendência da Polícia Federal, na zona portuária do Rio de Janeiro

O empresário Eike Batista foi levado na tarde desta terça-feira (31) para prestar depoimento na superintendência da PF (Polícia Federal) no Rio de Janeiro.  Ele está preso no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, zona oeste da capital fluminense.

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Eike Batista , que já integrou a lista dos oito homens mais ricos do mundo, foi preso na manhã de ontem (30) no aeroporto do Galeão quando desembarcava de um voo da American Airlines vindo de Nova York, nos Estados Unidos.

De acordo com informações do jornal “Folha de S.Paulo”, o advogado do empresário, Fernando Martins, declarou que, a princípio, não há possibilidade de seu cliente fechar um acordo de delação premiada. O criminalista afirmou que protocolou hoje um habeas corpus em favor do ex-magnata.

O depoimento do proprietário do Grupo EBX é acompanhado por procuradores do MPF (Ministério Público Federal). A chegada de Eike à superintendência da PF atraiu dezenas de curiosos e jornalistas para a zona portuária do Rio, onde ficam as dependências da Polícia Federal na cidade. Alguns populares chegaram a gritar palavras ofensivas contra ele.

Investigações

O ex-magnata é investigado pela Operação Eficiência, que é um desdobramento da Lava Jato .  Proprietário do grupo EBX, é suspeito de lavagem de dinheiro em um esquema de corrupção que também atinge o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB), que também está preso.

Eike e o executivo Flávio Godinho, seu braço direito no grupo EBX e vice-presidente do Flamengo, são acusados de terem pago US$ 16,5 milhões a Cabral em troca de benefícios em obras e negócios do grupo , usando uma conta fora do Brasil. Os três também são suspeitos de terem obstruído as investigações.

Ele teve a prisão preventiva decretada pela Justiça Federal do Rio de Janeiro no último dia 26. Como estava fora do Brasil, chegou a ter seu nome incluído na lista de procurados internacionais da Interpol.

Transferência

Logo após se entregar, Eike Batista passou por exame de corpo de delito no IML (Instituto Médico-Legal) e depois foi levado para o presídio Ary Franco, na zona norte do Rio. Lá, teve a cabeça raspada e em seguida foi transferido para a penitenciária Bangu 9 , que, segundo a Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária), é mais adequada ao seu perfil.

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