Facções rivais se enfrentaram neste fim de semana em rebelião no maior presídio do Rio Grande do Norte
Reprodução/Inter TV Cabugi
Facções rivais se enfrentaram neste fim de semana em rebelião no maior presídio do Rio Grande do Norte

No primeiro dia útil após o assassinato de pelo menos 26 presos que cumprem pena na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Natal – ocorrido neste fim de semana –, o clima de tensão voltou a dominar a unidade. Poucas horas depois que os policiais militares deixaram o local, um grupo de detentos voltou a se rebelar, na manhã desta segunda-feira (16) e ocupou os telhados dos pavilhões da penitenciária de Alcaçuz. 

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Chamada novamente para controlar a rebelião, a PM entrou no presídio de Alcaçuz e controlou a situação, horas depois de os detentos serem vistos no telhado, fazendo com que todos descessem. Em nota ao iG, a secretaria de comunicação do governo ainda confirmou que "os bloqueadores de celulares estão em processo de instalação em todos os presídios do RN e que os aparelhos que já haviam sido instalados em Alcaçuz foram danificados pelos presos. O Governo já está providenciando o reparo". 

A Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social diz que não se trata de mais uma rebelião, mas admite que devido ao “clima tenso” policiais do Batalhão de Operações Especiais e do Grupo de Operações Especias da Polícia Militar foram acionados para voltar ao local.

Agentes da Força Nacional de Segurança estão do lado de fora da unidade, de prontidão para, se necessário, auxiliar as forças locais.

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O grupo de detentos que está sobre os telhados dos pavilhões está empunhando paus, pedras e barras de ferro. Vestindo calções azuis, alguns homens enrolaram camisetas brancas na cabeça para esconder o rosto. Outros, portam bandeiras improvisadas com lençóis enquanto gritam palavras de ordem como “a vitória é nossa”, em aparente provocação a integrantes de facções rivais.

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Alcaçuz foi palco de uma rebelião que durou cerca de 14 horas, entre o último sábado (14) e domingo (15). Pelo menos 26 presos foram assassinados por outros detentos.

Além disso, na madrugada desta segunda-feira (16), as forças de segurança foram acionadas para conter uma rebelião na Cadeia Pública Professor Raimundo Nonato, localizado no bairro Potengi, também na capital potiguar. As duas unidades estão distantes cerca de 40 quilômetros uma da outra.

De acordo com a Secretaria Estadual de Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed), na cadeia pública não houve fugas ou feridos e o controle da situação foi retomado em poucas horas.

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As autoridades estaduais ainda investigam as causas das ações, mas não descartam a hipótese de os tumultos desta segunda-feira serem uma reação às inspeções nos principais estabelecimentos carcerários do estado.

Segundo a Secretaria da Justiça e da Cidadania, as dependências de Alcaçuz devem voltar a ser revistadas em busca de armas, celulares, drogas e outros objetos ou substâncias proibidas.

* Com informações da Agência Brasil.

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