Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) está localizado em rodovia na saída de Manaus
Divulgação/Umanizzare
Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) está localizado em rodovia na saída de Manaus

Apenas 56 dos 184 presos que escaparam de unidades prisionais do Amazonas nos primeiros dias do ano foram recapturados pela polícia até a noite desta terça-feira (3). Segundo a secretaria estadual de Segurança Pública, as forças policiais do estado continuam as buscas pelos 128 foragidos. Barreiras foram montadas em várias regiões da capital, Manaus, nas rodovias estaduais e na BR-174, que liga a capital amazonense a Boa Vista (RR).

As fugas ocorreram entre domingo (1º) e segunda-feira (2). Ao todo 112 detentos escaparam do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) – unidade onde o confronto entre facções criminosas que disputam o controle das atividades ilícitas na região, sobretudo do narcotráfico, deixou pelo menos 56 mortos . Outros 72 detentos fugiram do Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat) e também são procurados pela polícia amazonense.

Ainda segundo a Secretaria de Segurança Pública, até a noite desta terça-feira, a Polícia Civil já tinha identificado 39 corpos das vítimas do massacre no Compaj e três corpos de presos mortos na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), na zona rural de Manaus. Os assassinatos no Puraquequara ocorreram na tarde de segunda-feira (2), horas após o fim da rebelião no Compaj.

Ruptura entre PCC e Comando Vermelho pode gerar 'carnificina', diz pesquisadora

Dos 39 corpos já identificados, apenas nove tinham sido liberados até o último balanço divulgado pela Secretaria de Segurança Pública. Novas informações devem ser fornecidas até o início da tarde desta quarta-feira (4). Devido às diferenças de fuso e ao horário de verão, o Amazonas está duas horas atrás do horário oficial de Brasília.

A maioria dos corpos já reconhecidos está degolada. Inicialmente, o Departamento de Polícia Técnico-Científica estimou que todo o processo de identificação dos pelo menos 60 mortos pode levar até um mês. Como o Instituto Médico-Legal de Manaus não dispõe das condições necessárias para preservar todos os corpos, o governo estadual anunciou a intenção de alugar um contêiner frigorífico .

Mutirão

Na noite desta terça-feira (3), a Defensoria Pública do Amazonas anunciou a realização de um mutirão de audiências de custódia no estado. 

A decisão foi tomada após pedido do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, na tentativa de desinchar o sistema carcerário, com uma força-tarefa nacional de defensores públicos. A data do mutirão de audiências não foi informada.

As audiências de custódia têm como objetivo a apresentação de presos ao juiz no prazo máximo de 24 horas depois da detenção em flagrante. O magistrado decidiria, então, pela manutenção da prisão, pela liberdade provisória ou pela aplicação de medidas alternativas ao cárcere. 

*Com informações da Agência Brasil

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!