O furacão Milton passa pelo Golfo do México em 6 de outubro de 2024, em imagem cortesia da NOAA e RAMMB
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O furacão Milton passa pelo Golfo do México em 6 de outubro de 2024, em imagem cortesia da NOAA e RAMMB

furacão Milton ganhou força nesta segunda-feira (7) e se tornou uma tempestade potencialmente catastrófica de categoria 5, a máxima da escala, avançando em direção à costa oeste da Flórida, informou o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC).

Segundo grande furacão registrado no Golfo do México em duas semanas, Milton se intensificou rapidamente e agora tem "ventos máximos sustentados" de 257 km/h, com rajadas mais fortes, detalhou o NHC.

Antes de chegar à Flórida , entre hoje e quarta-feira, deverá atingir partes da Península de Yucatán, no México, provocando ventos fortes e um aumento do nível da água de até 1,5 metro com "ondas grandes e destrutivas", segundo a agência.

Há apenas 10 dias, o  furacão Helene causou pelo menos 230 mortes no sul dos Estados Unidos.

Nesta segunda-feira, as autoridades da Flórida ordenaram novas evacuações na mesma região, que ainda se recupera daquele desastre.

"Quem tiver meios para fazê-lo (...) deve pegar a estrada hoje", apelaram as autoridades da Flórida em uma coletiva de imprensa dirigida especificamente às populações da região metropolitana de Tampa (com cerca de 3 milhões de habitantes), no Golfo do México.

"Danos devastadores"

O governador republicano da Flórida, Ron DeSantis, afirmou que Milton continuaria sendo um furacão durante toda a sua passagem pelo estado da Flórida, que atravessará de oeste a leste.

Na véspera, DeSantis ampliou para 51 (de um total de 67) o número de condados em situação de emergência no estado, o terceiro mais populoso do país.

Milton poder levar chuvas de até 250 mm para a Flórida (com focos pontuais de até 380 mm), com inundações repentinas em áreas urbanas, segundo o NHC.

A agência alertou que os furacões mais poderosos, de categoria 3 e superiores, são "devastadores" até mesmo para casas solidamente construídas, e que "faltará eletricidade e água durante vários dias após a tempestade passar".

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O presidente americano, Joe Biden, afirmou em um comunicado que seu governo está preparando "recursos para salvar vidas" e pediu aos moradores que sigam as instruções das autoridades locais para se prevenir.

Os cientistas dizem que a mudança climática provavelmente desempenha um papel na rápida intensificação dos furacões porque as superfícies oceânicas mais quentes liberam mais vapor d'água, dando mais energia às tempestades e, consequentemente, intensificando seus ventos.

"Limpar escombros"

Helene atingiu a costa da Flórida como furacão de categoria 4 em 26 de setembro e deixou um rastro de destruição em seu interior até os Montes Apalaches, com chuvas torrenciais e inundações.

Com pelo menos 230 mortes, tornou-se o desastre natural mais mortal a atingir o país desde o furacão Katrina em 2005.

"Precisamos limpar o máximo possível dos escombros" deixados por Helene porque isso cria um "risco de segurança e aumentará os danos que Milton pode causar", disse DeSantis.

Os socorristas trabalham para encontrar sobreviventes e levar energia e água potável às comunidades isoladas pela tempestade nas montanhas. A magnitude dos danos não impediu que o desastre se tornasse o centro de uma campanha de desinformação.

O candidato republicano à Presidência, Donald Trump, acusou sua adversária democrata, a vice-presidente Kamala Harris, de atribuir aos migrantes parte do orçamento destinado a ajudar as pessoas afetadas pelo Helene.

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