Um forte terremoto de magnitude 7,7 atingiu o noroeste de Mianmar na madrugada desta sexta-feira (28), provocando destruição em diversas áreas do país. O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) identificou o epicentro do tremor próximo à cidade de Mandalay, a uma profundidade de 10 quilômetros.
O abalo sísmico, o mais intenso registrado na região nos últimos anos, causou desabamentos de pontes, casas e templos religiosos. As autoridades locais ainda avaliam a extensão dos danos e possíveis vítimas. O governo destacou que o impacto pode ser significativo, superando o terremoto de 2016, que teve magnitude de 6.8.
Na região de Sagaing, a sudoeste de Mandalay, uma ponte de 90 anos desmoronou, e trechos da rodovia que liga Mandalay a Yangon ficaram danificados. Autoridades locais iniciaram vistorias para avaliar os impactos na infraestrutura.
Um prédio em construção na região de Chatuchak, uma das mais movimentadas de Bangkok, desabou completamente, deixando ao menos 43 trabalhadores presos nos escombros. Vídeos do colapso circularam nas redes sociais, mostrando a estrutura ruindo enquanto pedestres gritavam e corriam assustados.
Em imagens divulgadas nas redes sociais, piscinas localizadas no topo de arranha-céus transbordaram devido aos tremores, e pedaços de fachadas se desprenderam de edifícios. O sistema de transporte público da cidade foi temporariamente interrompido, e as bolsas de valores suspenderam as negociações por precaução.
O terremoto também foi sentido na província chinesa de Yunnan, que faz fronteira com Mianmar. As autoridades locais emitiram um alerta para possíveis réplicas, mas, até o momento, não há informações sobre vítimas na China.
Localizada em uma região de intensa atividade tectônica, Mianmar já sofreu outros abalos de grande magnitude, como os registrados em 2011 e 2016. O país está na zona de contato entre as placas tectônicas do subcontinente indiano e euro-asiática, tornando-se vulnerável a eventos desse tipo.
As autoridades continuam monitorando a situação e equipes de emergência foram enviadas às áreas afetadas.