Cientistas já encontraram estruturas semelhantes em Marte
Nasa
Cientistas já encontraram estruturas semelhantes em Marte

Uma equipe de cientistas fez uma descoberta curiosa na semana passada em Marte. Nas imagens divulgadas pela Nasa, é possível ver “jabuticabas marcianas” em uma rocha incomum. 

A equipe científica do rover Perseverance, um grupo que explora Marte remotamente desde 2021,  foi surpreendida pela estrutura composta por centenas de esferas de tamanho milimétrico.

Publicidade

A descoberta foi feita na área de Broom Point, localizada nas encostas mais baixas de Witch Hazel Hill, na borda da cratera Jezero. Agora, os cientistas estão analisando o material para tentar entender sua origem.

Cientistas encontram rocha peculiar em Marte
Nasa/Divulgação
Cientistas encontram rocha peculiar em Marte

O Perseverance chegou a Broom Point há duas semanas e coletou com sucesso amostras do planeta vermelho. Foi nesse ponto que o rover (veículo usado na exploração)  identificou a rocha, batizada de "Baía de St. Paul", que chamou a atenção por sua textura peculiar.

A rocha contém centenas de pequenas esferas cinza-escuras, algumas em formatos alongados e outras com bordas angulares, sugerindo que podem ser fragmentos de esférulas quebradas. O formato é muito similar a uma jabuticaba.

Algumas dessas esferas até apresentam pequenos furos, o que intriga ainda mais os pesquisadores.

Casos semelhantes

Publicidade

Essa não é a primeira vez que esferas estranhas são encontradas em Marte. Em 2004, o rover Opportunity detectou os chamados "mirtilos marcianos" em Meridiani Planum. O rover Curiosity também encontrou esférulas na Baía de Yellowknife, na cratera Gale. Já o próprio Perseverance observou texturas semelhantes a pipocas em rochas sedimentares de Neretva Vallis, canal de entrada da cratera Jezero.

Em casos anteriores, as estruturas foram interpretadas como concreções — formações resultantes da interação com água subterrânea em espaços porosos da rocha. No entanto, esferas também podem se formar pelo resfriamento rápido de rocha derretida após uma erupção vulcânica ou pela condensação de rocha vaporizada após o impacto de um meteorito.

A Baía de St. Paul é uma rocha flutuante — termo usado para descrever algo que não está em seu local de origem. Os cientistas estão analisando se essa textura rica em esférulas pode estar associada a uma das camadas de tons escuros identificadas por imagens de órbita. Determinar o contexto geológico dessa formação será essencial para compreender a história da borda da cratera de Jezero e a evolução geológica de Marte.


    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!