Antes mesmo de assumir a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) — o que acontece em junho —, a ministra Cármen Lúcia já iniciou conversas com grandes empresas de tecnologia, as chamadas big techs, para discutir as eleições deste ano.
Representantes das empresas, como Meta (que administra Facebook, Instagram e Whatsapp) e Google (responsável também pelo Youtube), já tiveram encontros preliminares com a ministra. Um dos principais temas em pauta é o funcionamento do Centro Integrado de Enfrentamento à Desinformação e Defesa da Democracia (CIEDD).
O CIEDD, inaugurado pelo atual presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, em 12 de março, tem como principal objetivo coordenar a atuação da Justiça Eleitoral em parceria com os poderes, órgãos da República e instituições na promoção da educação em cidadania, valores democráticos e direitos digitais.
Com a saída de Moraes da presidência do TSE em 3 de junho, Cármen Lúcia, atual vice-presidente, assumirá o cargo e conduzirá a Justiça Eleitoral durante o pleito municipal. Apesar das expectativas sobre possíveis mudanças na linha de comando da Corte, essa ainda não é a principal preocupação das big techs no momento.
Enquanto isso, as conversas entre as empresas de tecnologia e o TSE visam também a assinatura de memorandos de entendimento para combater a disseminação de fake news durante as eleições, seguindo práticas de pleitos anteriores.
O diálogo entre Cármen Lúcia e as big techs ocorre em um contexto marcado por recentes anúncios do Google, como a proibição de veiculação de anúncios políticos em suas plataformas para as eleições municipais, decisão que gerou controvérsias por não ter sido previamente informada ao TSE.
Apesar dos recentes embates envolvendo o empresário americano Elon Musk e Alexandre de Moraes,
o Google e outras empresas de tecnologia mantêm o diálogo com o TSE para firmar acordos de combate às fake news.
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