Bolsonaro e o primeiro ministro israelense Benjamin Netanyahu
Reprodução/Twitter/Jair Bolsonaro
Bolsonaro e o primeiro ministro israelense Benjamin Netanyahu

O ex-presidente Jair Bolsonaro divulgou uma nota nas suas redes sociais neste sábado (7) em que tenta atrelar o Hamas , grupo responsável pelo ataque a Israel , ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Pelo respeito e admiração ao povo de Israel repudio o ataque terrorista feito pelo Hamas, grupo terrorista que parabenizou Luís Inácio Lula da Silva quando o TRE o anunciou vencedor das eleições de 2022", disse Bolsonaro. 

No site oficial do Hamas, há uma nota em que o grupo, considerado terrorista pelos Estados Unidos, parabeniza Lula pela vitória, afirmando que seria uma conquista aos "oprimidos" ao redor do mundo.

"Um membro da liderança do movimento Hamas na Faixa de Gaza, Dr. Bassem Naeem, considerou a vitória de Lula uma vitória para todos os oprimidos em todo o mundo, especialmente os palestinos e a sua justa causa", diz o texto.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou as redes sociais para se manifestar contra o ataque.

"O Brasil não poupará esforços para evitar a escalada do conflito, inclusive no exercício da Presidência do Conselho de Segurança da ONU", escreveu o presidente em uma rede social.

O governo brasileiro emitiu uma nota, por meio do Itamaraty, condenando os ataques e convocando uma reunião do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas). 

Bolsonaro seguiu a nota lamentando as mortes de "civis e militares israelenses" o condenando "os sequestro de mulheres e crianças pelos terroristas do Hamas para dentro da Faixa de Gaza."

Sem mencionar o Estado palestino, Bolsonaro pede que as lideranças locais reconheçam o "direito de Israel existir".

"Para que a paz reine na região, lideranças palestinas precisam abandonar o terrorismo e reconhecer o direito de Israel existir. Somente assim um acordo entre as partes poderá existir", finaliza o ex-presidente em nota. 

O que aconteceu

O Hamas, movimento islamista palestino, anunciou que bombardeou Israel neste sábado com mais de cinco mil foguetes, no que chamou de operação “Dilúvio de Al-Aqsa”. O primeiro ministro israelense Benjamin Netanyahu declarou guerra ao grupo após o ataque. 

O ataque deixou, ao menos, 298 mortos, entre israelenses e palestinos, além de mais de 800 feridos, segundo autoridades de emergência do país.

"Estamos em guerra e vamos vencer. O inimigo pagará um preço que nunca conheceu", diz Netanyahu em uma mensagem de vídeo divulgada nas redes sociais.

O exército israelense afirmou também que um "número indeterminado de terroristas" na Faixa de Gaza. 

“Decidimos pôr fim a todos os crimes da ocupação (de Israel), o seu tempo de violência sem responsabilização acabou”, declarou o Hamas. “Anunciamos a Operação Al-Aqsa Deluge e disparamos, no primeiro ataque de 20 minutos, mais de 5 mil foguetes.”

“O Hamas cometeu um erro grave esta manhã e lançou uma guerra contra o Estado de Israel”, disse o ministro da Defesa Yoav Gallant num comunicado, acrescentando que as tropas israelitas “estão a lutar contra o inimigo”.

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