Uma imagem inusitada que está circulando nas redes sociais mostra um homem usando uma geladeira como barco no Rio Grande do Sul.
Segundo o portal g1, o morador de Canoas, região metropolitana de Porto Alegre, está acostumado a usar um caiaque em situações de enchente, mas a embarcação estava em más condições.
Por isso, Alinor Antunes Magalhães, de 40 anos, resolveu improvisar e amarrou boias no eletrodoméstico.
Segundo informações do Escritório de Resiliência Climática de Canoas (Eclima), devido às intensas chuvas que afetaram o estado do Rio Grande do Sul recentemente, o Rio dos Sinos ultrapassou seu limite de inundação estabelecido em 2,4 metros.
Várias comunidades ribeirinhas, incluindo a Praia do Paquetá, foram inundadas. Além disso, a retenção da água na região está contribuindo para a manutenção do alagamento.
O presidente Lula recebeu críticas por não ir ao Rio Grande do Sul após um ciclone extratropical devastar várias regiões da cidade.
Como tentativa de amenizar os comentários negativos, a primeira-dama Janja esteve no estado no dia 28/09 e distribuiu cestas básicas às famílias do Vale do Taquari .
A esposa de Lula estava acompanhada pelo ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), Paulo Pimenta, e encontrou-se com o governador Eduardo Leite.
No dia 10/9, o governo federal anunciou R$ 741 milhões para as cidades atingidas. O anúncio foi feito pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, que viajou ao Rio Grande do Sul com ministros do governo.
Já são mais de 50 mortos em decorrência da tragédia causada pelas chuvas no Rio Grande do Sul.
Segundo informações divulgadas pela Defesa Civil, a maioria das mortes aconteceu em Roca Sales, na Região dos Vales.
Esse número de fatalidades faz com que este desastre supere a maior tragédia natural dos últimos 40 anos no estado, quando 16 pessoas morreram em junho.
O município de Muçum, área central do estado, também foi bastante afetado. O Corpo de Bombeiros resgatou corpos de pessoas que não conseguiram se proteger..
Também houve mortes  nas cidades de Estrela, Lajeado, Mato Castelhano, Passo Fundo e Ibiraiaras, todas no norte do estado.
Ainda de acordo com a Defesa Civil, mais de 3 mil pessoas ficaram desalojadas e mais de 1.600  desabrigadas.
O número de cidades afetadas pelo ciclone chegou a 70.
O fenômeno teve início com a formação de um sistema de baixa pressão, desencadeando chuvas intensas ao longo do dia 4/9.
À medida que se movia em direção ao oceano, o fenômeno se fortaleceu gradualmente e, durante a noite, evoluiu para a formação do ciclone extratropical.
Uma imagem impressionante que circulou pelas redes sociais mostrou uma ovelha presa nos fios depois da passagem do ciclone.
O trânsito na BR-386, uma das principais do estado, chegou a ser interrompido. O rio Taquari transbordou e cobriu as pistas da rodovia.
Aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB), PM e Bombeiros auxiliaram nos resgates nas cidades afetadas.
Moradores de Roca Sales precisaram ser resgatados de helicóptero.
Uma família com um bebê precisou subir até o telhado da casa enquanto aguardava um resgate.
Na região da Serra Gaúcha, a correnteza foi tão forte que arrastou ao menos 10 casas no município de Santa Teresa.
Também na Serra, uma ponte de ferro desabou por conta da força da correnteza no Rio das Antas, que fica entre os municípios de Farroupilha e Nova Roma do Sul.
Na cidade de Passo Fundo, um homem perdeu a vida após sofrer uma descarga elétrica durante a tempestade. Ele estava dentro de casa no momento do incidente.
As fortes chuvas também chegaram a Santa Catarina. Na região oeste do estado uma pessoa morreu devido à queda de uma árvore.
Para alguns especialistas, a maior incidência e intensidade dos ciclones extratropicais pode ter conexão direta com as mudanças climáticas.

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