As ligações entre um grupo de brasileiros e organizações neonazistas internacionais foram alvo de denúncia em reportagem produzida e exibida pelo “Fantástico” da TV Globo deste domingo.
Na última quarta-feira (29), a polícia prendeu dois homens no Rio Grande do Sul , suspeitos de fazer parte de um grupo supremacista cujos integrantes haviam sido detidos em novembro de 2022, em Santa Catarina.
Entre os detidos em novembro, estavam Laureano Vieira Toscani - condenado em setembro de 2018 a 13 anos de prisão por atacar judeus na Cidade Baixa , em Porto Alegre, em 2005.
Toscani, que estava solto com tornozeleira eletrônica , também é réu por agressão a um segurança negro da Trensurb no ano de 2009, na Capital.
Segundo o “Fantástico”, Toscani foi preso com João Guilherme Correa, apontado como líder do grupo pela polícia. Ele seria quem conectou a célula supremacista brasileira a organizações internacionais. Outro integrante detido foi Miguel Ângelo Pacheco , português.
Na segunda fase da investigação, na semana passada, no Rio Grande do Sul, uma operação prendeu duas pessoas. Uma delas é Fábio Lentino , que trabalha como operador de áudio da Rádio Gaúcha Serra.
O Grupo RBS emitiu o seguinte posicionamento sobre a prisão de Lentino:
"Sobre a prisão temporária de um colaborador em operação policial realizada na quarta-feira (29), o Grupo RBS reitera seu repúdio a qualquer forma de preconceito e já está tomando as medidas legais para o desligamento do funcionário".
"Respeito e tolerância são valores fundamentais para a nossa empresa e que constam no nosso código de ética e conduta".
Também foi detido Rodrigo de Jesus Tavares , funcionário dos Correios. Confira o posicionamento dos Correios sobre o tema:
Os Correios lamentam o ocorrido e repudiam quaisquer comportamentos dissociados dos valores defendidos pela estatal. A empresa tomará as medidas administrativas e cautelares cabíveis.
Contraponto
Ao “Fantástico”, o advogado de Fábio e de Rodrigo, Alexandre Leite dos Santos, disse que eles "negam todas as acusações feitas e que isso ficará demonstrado durante a instrução processual e após a defesa ter acesso aos autos do processo se manifestará em local e momento oportuno”.
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