Anatoliy Tkach, encarregado de negócios da embaixada da Ucrânia no Brasil
Foto: Divulgacao
Anatoliy Tkach, encarregado de negócios da embaixada da Ucrânia no Brasil

O chefe de Negócios da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach , disse que o país "não aceitará a paz a qualquer custo". Para ele,  um eventual acordo com a Rússia só. depende da saída das tropas de Vladimir Putin dos territórios invadidos na Ucrânia. 

"A Ucrânia está se defendendo no seu próprio território, defendendo seus cidadãos. A Ucrânia deixou claro que não aceitará a paz a qualquer custo. Não vamos concordar com nada que mantenha os territórios ucranianos ocupados e coloque nosso povo em dependência da vontade do agressor", se posicionou Tkach.

Tkach acredita que negociar a paz com o agressor é um risco que pode levar a mais atrocidades. 

"A Rússia não mudou seus planos de destruir a Ucrânia. Cada vez que a Rússia pede negociações, suas tropas fazem o oposto. Estão tentando realizar uma nova ofensiva. O Kremlin continua com aquisição de armas através de aliados e também aumentou a produção própria", disse, acrescentenado que a Ucrânia precidade de mais "equipamentos, militares e munições".

Anatoliy Tkach disse que a ideia de Zelensky de convidar Lula para visitar a Ucrânia é "muito boa", mas que não há nada definido.

"A conversa ainda não aconteceu, por isso eu não posso confirmar se o presidente convidou ou não convidou. Mas a ideia é muito boa do ponto de vista de que, no caso de disponibilidade de o presidente Lula ir para a Ucrânia, isso pode mudar a percepção toda do Brasil", disse. 

O representante de Negócios da Ucrânia no Brasil reiterou aos jornalistas que não se pode compara as ações da Rússia com as ucranianas.

"Nós não podemos equiparar as posições da Rússia e da Ucrânia. A Ucrânia está se defendendo no seu próprio território e defendendo seu povo. Se a Ucrânia parar de lutar, a Ucrânia deixará de existir. Se a Rússia parar essa agressão, a guerra simplesmente acaba", afirmou.

O representante da Ucrânia no Brasil afirmou que nenhum ucraniano quer que a guerra seja "prolongada", mas que o país e cidadão vão "lutar o tempo que for necessário", porque a Rússia quer "destruir" a Ucrânia.

"Putin cometeu um erro fatal. A propaganda russa afirmava que a Ucrânia duraria dias, mas a Ucrânia parou as tropas russas e conseguiu liberar a metade dos territórios recém-ocupados por meio de contraofensivas bem-sucedidas", contou. 

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