O emprego da Força Nacional de Segurança Pública em apoio à Polícia Federal, na Terra Indígena Guarita, no Rio Grande do Sul, foi autorizado, nesta segunda-feira (15), pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).
A portaria com a autorização da medida, assinada pelo ministro Anderson Torres, está publicada no Diário Oficial da União.
Os policiais vão atuar nas atividades de manutenção da ordem pública, da segurança das pessoas e preservação do patrimônio. O trabalho será em caráter episódico e planejado, por 90 dias, a contar de hoje.
O número de militares a ser disponibilizado obedecerá ao planejamento definido pela Diretoria da Força Nacional de Segurança Pública, da Secretaria Nacional de Segurança Pública, do MJSP.
A Terra Indígena de Guarita abriga o maior contingente de população Kaingang, com cerca de 7 mil pessoas, está localizada no noroeste do estado e ocupa parte dos municípios gaúchos de Tenente Portela, Redentora e Erval Seco.
Entenda o caso
Conflito entre lideranças da Terra Indígena deixou pelo menos cinco indígenas feridos nas aldeias situadas entre Redentora e Tenente Portela, no noroeste do Estado no dia 21 de junho deste ano.
O cacique da maior reserva caingangue do Rio Grande do Sul, Carlinhos Alfaiate, que é atualemente o chefe a Terra Indígena da Guarita foi baleado supostamente por outra liderança indígena que quetiona sua liderança.
Segundo jornais locais, a reserva indígena entrou na mira de facções criminosas. Alfaiate estaria no comando da reserva Guarita desde fevereiro de 2018, após substituir outro indígena, o cacique Valdonês Joaquim. Joaquim foi condenado por envolvimento em assaltos a banco e está preso. Após assumir a lidernaça, Alfaiate chegou a sofrer um atentado com fuzil em 2019, além de ter sua casa incendiada por rivais.
A área, localizada entre os municípios de Tenente Portela, Miraguaí e Redentora, é próxima à fronteira com a Argentina. Um todalde 8 mil indígenas caingangues vivem no local, além de algumas uma população menor da etnia Guarani.
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