O presidente Jair Bolsonaro (PL) não gostou da diretriz publicada pelo comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, sobre a Covid-19. No documento, o general lista uma série de recomendações e condiciona o retorno dos militares às atividades presenciais à comprovação de que tomaram a vacina contra a doença.
Negacionista dos imunizantes, o presidente da República foi se queixar com o ministro da Defesa, Braga Netto. Na avaliação dele, essa cobrança e também a proibição da disseminação de fake news sobre a pandemia são inoportunas e desnecessárias, conforme descreve a coluna de Carla Araújo, no UOL.
Diante desse conflito, a solução definida foi a divulgação de uma nota que indique que a imunização não é obrigação nem condição para o retorno ao trabalho presencial. De acordo com o jornal O Globo, a expectativa é de que o comando do Exército publique esse texto ainda nesta sexta-feira (7).
Portaria da Defesa
A publicação também aponta que, apesar da irritação do presidente, a diretriz do Exército apenas obedece a uma portaria publicada pelo Ministério da Defesa no dia 29 de novembro. O documento assinado por Braga Netto entrou em vigor no último dia 3 e indica que os servidores e militares da administração central da pasta "retornarão às atividades presenciais quinze dias após terem se imunizado contra a COVID-19". A regra exclui apenas pessoas com comorbidades e outros casos específicos.