Ricardo Barros, líder do governo Bolsonaro
Pedro França/ Agência Senado
Ricardo Barros, líder do governo Bolsonaro

O deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP), relator do processo no Conselho de Conselho de Ética da Câmara contra o líder do governo, Ricardo Barros (PP-PR) , defendeu nesta quarta-feira o arquivamento do processo. O pedido de perda de mandato de Barros é assinado por deputados do PSOL por suspeita de envolvimento na comprada vacina indiana Covaxin .

O líder do governo teria agido para interferir nas negociações de imunizantes contra a Covid-19 pelo Ministério da Saúde, com prioridade para a indiana do laboratório Bharat Biotech, vendida pela Precisa Medicamentos.

O relator avalia que “não há evidência” no processo e considerou “ausência de indícios". Assim, apresentou o relatório preliminar pelo arquivamento. Antes mesmo da leitura do relatório, houve pedido de vista, isto é, mais tempo para a análise. A discussão do parecer preliminar foi suspensa.

O nome de Barros foi citado na CPI da Covid pelo deputado Luis Miranda como envolvido no esquema. Segundo Miranda, o líder do governo foi citado pelo presidente Jair Bolsonaro ao tomar conhecimento das suspeitas de corrupção no contrato de compra da vacina indiana Covaxin. Barros negou envolvimento no caso. A representação cita a relação de Barros com Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos e presidente da Global.

A compra do imunizante foi cancelada em agosto por determinação da Controladoria-Geral da União (CGU), que também encontrou indicativos de irregularidades.

O líder do governo reponde processo na Justiça por improbidade administrativa. O MPF acusa Barros de ter beneficiado a empresa Global Gestão em Saúde quando foi ministro da Saúde, entre 2016 e2018. MPF pediu o bloqueio de cerca de R$ 20 milhões em bens do deputado.


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