Paciente ofereceu denúncia contra operadora ao Ministério Público
Reprodução/ O Dia
Paciente ofereceu denúncia contra operadora ao Ministério Público


Uma paciente da rede Prevent Senior acusa um médico da operadora de importunação sexual. O abuso, que teria ocorrido em um dos hospitais de São Paulo no ano passado, é investigado pela Polícia Civil do estado.


Segundo a CNN Brasil, que teve acesso ao inquérito policial, a mulher de 56 anos contou que a importunação aconteceu num dia em que sofreu uma reação alérgica e procurou o pronto-socorro da rede. “(…) o averiguado, que é médico, passou a mão na parte superior interna de sua coxa, seios, bem como passou a acariciar seus braços. Em seguida o averiguado saiu e ao retornar, novamente, acariciou suas partes íntimas. Outrossim, aos poucos, enquanto ninguém via, encostou o pênis dele na mão dela, que tirou a mão do local. Alega que segurou na grade da maca e ato contínuo o autor deu a volta, se posicionando do lado da vítima, pegou a mão dele e colocou dentro da cueca, acariciando seu pênis, momento em que a vítima viu a cor de sua cueca (preta). Aduz ainda que estava sem condições de oferecer resistência, pois não conseguia falar ou pedir socorro, já que estava com crise alérgica (com a glote fechando)”, diz um trecho do documento divulgado pelo site da emissora de TV.


Esse relato foi feito na delegacia da mulher. Em seguida, no dia 20 de agosto de 2020, a paciente prestou um segundo depoimento e revelou mais detalhes sobre o episódio. O médico acusado é clínico geral, trabalha há três anos na Prevent e negou as acusações à polícia.


Na versão que ele apresentou, o atendimento foi feito em lugar aberto e sob acompanhamento de uma familiar da paciente e uma enfermeira. Além disso, o médico justificou que estava paramentado com a roupa usada para se prevenir do coronavírus e que a altura da maca impediria tal importunação.


De acordo com a publicação, essa não é a primeira vez que ele é convocado a prestar esclarecimentos do tipo. Três meses antes da denúncia em questão, a Prevent Senior o informou que havia recebido uma denúcnia de assédio sexual contra ele. O profissional de saúde também negou essa acusação.



Em meio às denúncias, o diretor-executivo da operadora, Pedro Batista Junior , também prestou depoimento à polícia. Ele declarou que uma investigação foi feita e decidiram manter o investigado trabalhando por conta do histórico dele e por constatar que não havia "nenhuma conduta que o desabonasse".

O Conselho Regional de Medicina (CRM) chegou a abrir uma sindicância, mas arquivou a acusação após concluir a apuração em agosto. A paciente recorreu ao Conselho Federal de Medicina. Além disso, o caso é investigado pelo Ministério Público.

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