O delegado Carlos Alberto da Cunha, conhecido nas redes sociais como Da Cunha, será investigado pela Polícia Civil de São Paulo. A Corregedoria instaurou um inquérito para apurar uma suposta lavagem de dinheiro praticada pelo policial, em uma tentativa de ocultar quase R$ 500 pagos a ele por um empresário do ramo de sucatas. As informações são da Folha.
A investigação vai apurar se o policial usou sua ex-mulher, Camila Rezende da Cunha, e o ex-cunhado Lauro Athayde de Freitas Neto para ocultar os repasses, que mensalmente giravam em torno de R$ 25 mil, feitos por Weber Micael da Silva, dono da Lokal Comércio de Metais, uma espécie de investidor do canal de Da Cunha no Youtube.
Da Cunha foi indiciado por suspeita de peculato no último dia 24 de setembro. Para os investigadores, ele se utilizou da estrutura da Polícia Civil para benefícios particulares. Os policiais tomaram depoimentos e levantaram informações de transações financeiras consideradas suspeitas. O inquérito de lavagem de dinheiro é um desdobramento dessa apuração.
À Folha, o policial afirmou que não teve acesso aos depoimentos, e preferiu não se manifestar. Em oportunidades anteriores, ele negou que tivesse monetizado o canal antes de ser afastado da polícia. A investigação, no entanto, apontam para o pagamento de R$ 14 mil mensais para uma equipe de filmagem quando seu salário era de R$ 10.470,00.
O empresário dono da Lokal confirmou que fazia o pagamento dos R$ 25 mil, e que o acordo envolvia o repasse após a monetização do Youtube.