Em campanha de prévias pela indicação do PSDB à presidência da república nas eleições de 2022, o governador de São Paulo, João Doria , defendeu a privatização da Petrobras.
Segundo Doria, sua proposta seria fatiar a estatal em lotes que dariam origem a outras empresas, na tentativa de dar mais competitividade ao mercado de combustíveis.
"Se eleito presidente da república, vou privatizar a Petrobras. E vamos privatizar em lotes. Não é pra fazer uma Petrobras hoje monopolista, pública estatal para uma Petrobras monopolista privada. Ela será dividida em várias empresas", afirmou o governador em entrevista à Rádio Itabaiana de Sergipe.
Na visão de Doria, uma política de privatização da Petrobras evitaria a alta de preços, como ocorre hoje com a gasolina, cujo litro está na casa dos R$ 7.
"É preciso que haja competitividade e não mais essa imposição de preços sobre os combustíveis. Nos Estados Unidos não há aumento no preço toda semana como no Brasil. As empresas competem, disputam o preço do combustível e também do gás, e precisam sobreviver no mercado", disse Doria.
Não é a primeira vez que Doria fala em vender a estatal. O tucano já havia batido nesta tecla em 2017, quando era prefeito de São Paulo e já desejava ser candidato ao Planalto no lugar do seu ex-padrinho Geraldo Alckmin. Na ocasião, ele ainda falava em unir o Banco do Brasil à Caixa Econômica Federal.
O governador ainda aproveitou para se apresentar como uma terceira via a polarização representada pelo presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula.
"As pesquisas mostram que a maioria da população não quer nem extrema esquerda, nem Bolsonaro", concluiu.
Ainda na toada de mirar em 2022, o governador lançou nesta manhã o Pró-SP, programa que prevê investimentos de R$ 47,5 bilhões em 8 mil obras. Embora tenha sido anunciado por Doria como o maior programa de obras da história do estado, a maior parte da carteira anunciada, porém, é formada por projetos já anunciados, contratados ou em andamento.